[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Vargas, no bairro Siqueira Campos, foi palco de uma sucessão de debates sobre cultura africana e sobre a inclusão da história africana no currículo escolar. Centenas de pessoas participaram ontem, na sede da escola, do “II Seminário: Religiosidade Afro-brasileira e Educação no Âmbito da Sala de Aula”, promovido pela Secretaria Municipal da Educação (Semed).

Como objetivo de debater a implementação das tradições e valores culturais africanos na grade curricular das escolas, de maneira satisfatória para professores e coordenadores, o evento contou com a presença de técnicos da Semed, pedagogos, representantes do Movimento Negro em Sergipe e comunidade em geral, além da comunidade escolar.

Um dos pontos mais discutidos durante o encontro foi a necessidade de fazer com que os alunos se identifiquem com o conteúdo apresentado nas disciplinas de Literatura e História do Brasil. Segundo os palestrantes, o alunado precisa conhecer suas próprias origens e identifica-las nas aulas de Literatura e História do Brasil.

Segundo o pedagogo e representante do Movimento Negro de Sergipe, Gilvan Santos, uma nova visão dos grupos étnicos raciais já foi definida para estimular a percepção do conhecimento comportamental mútuo entre os estudantes. “A escola está superando a abordagem superficial da história dos africanos que acontecia em função da falta de subsídios teóricos dos professores”, informou. “O educador passou a ter acesso a bibliografias para o esclarecimento de dúvidas. Hoje há a correta categorização de elementos como umbanda e candomblé que investem na quebra de estereótipos”, explicou o pedagogo.

A inclusão da religião Afro-descendente no conteúdo programático das escolas obedece a Lei 10639/03 e foi implantada no município respeitando todos os segmentos sociais e religiosos. Uma das escolas que mais tem se empenhado na inclusão da cultura negra no panorama educacional do município é a Escola Municipal de Ensino Infantil Maria Clara Machado, que há 2 anos realiza a Semana da Consciência Negra em datas indefinidas. Isso, segundo o historiador da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Fernando Aguiar, contribui para a pluralidade cultural e a reformulação de conceitos. “As religiões africanas são centradas nas festas, e comemorar a cultura negra numa semana folclórica pode estimular um olhar discriminativo entre os colegas”, destacou.

Palestras

A Semed ainda promoverá este ano um ciclo de palestras e debates mensais sobre a cultura negra nas escolas municipais. A culminância dos eventos será no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra e da morte de Zumbi, o célebre líder do Quilombo de Palmares.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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