[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Buscar uma maior eficiência energética na produção das indústrias de cerâmica vermelha do Estado de Sergipe. Foi com esse intuito que o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Genival Nunes Silva, participou, junto com o coordenador do Programa de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Campello, da apresentação do Projeto de Eficiência Energética com Uso Sustentável de Recursos Florestais em Cerâmicas para o Estado de Sergipe. O evento ocorreu na manhã desta quarta-feira, dia 31, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES).

Elaborado pela Semarh, em parceria com Sergipe Parque Tecnológico (Sergipetec), com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), pelo Sindicato de Cerâmicas de Sergipe (Sindicer/Se) e pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), o projeto, que tem a meta de alcançar a promoção de eficiência energética para o ramo de cerâmicas, elenca vantagens singulares para o Estado de Sergipe, destacadas, especialmente, pela redução de áreas susceptíveis à desertificação e pela preservação da vegetação Caatinga.

De acordo com o secretário da Semarh, Genival Nunes, o Governo de Sergipe vem construindo políticas estruturantes na área ambiental, seja no licenciamento ambiental ou nas áreas de resíduos sólidos, recursos hídricos, educação ambiental, e de  florestas. “Hoje somos o 5º estado do Brasil a participar do Inventário Florestal Nacional, fruto da realização do Diagnóstico Florestal do Estado, levantados pela Fundação Araripe”, cita Genival, considerando  a primeira etapa do projeto apresentado no seminário “uma alternativa que vem  fortalecer o Setor Ceramista, ao tempo que a iniciativa  protege o bioma caatinga e conseqüentemente o avanço de áreas a sofrerem com o processo de desertificação em Sergipe”.

Genival destaca ainda que tal como foi feito com o Setor de Padarias em Sergipe, o Governo do Estado estabeleceu estratégias que valorizam a difusão de práticas e tecnologias de eficiência energética, melhorando a produtividade e a gestão ambiental do setor de cerâmicas. 

“Para viabilizar melhorias nas 125 cerâmicas cadastradas pela Adema e atender à legislação ambiental, promovemos a mudança da matriz energética das cerâmicas que, ao invés de utilização da lenha nativa, o ramo passou a usar a madeira legal plantada, promovendo assim o reequilíbrio do Bioma Caatinga. A segunda iniciativa foi a regularização ambiental das Jazidas para utilização da Argila, que saíram da clandestinidade.  E por fim, do tratamento da fuligem e particulados emitidos pela queima da lenha, onde já é trabalhada a utilização de forno especial  com lavador de gás”, concluiu Nunes.

Segundo o representante do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello, o Projeto de Eficiência Energética com Uso Sustentável de Recursos Florestais em Cerâmicas para o Estado de Sergipe contém duas iniciativas: “o Plano Estadual de Combate à Desertificação e o da Política Florestal de Sergipe. Uma que tende a inibir o aumento de áreas desertificadas por meio do manejo sustentável e o outra que aponta locais de fragilidade em vegetação ou potencialidades de áreas plantadas,  lançando  a possibilidade de  planejamento ou  manejo em áreas diversas, tanto do bioma Caatinga quanto o da Mata Atlântica”, frisou.

Campello conclui sua explanação revelando “que o projeto vem como alternativa positiva do desenvolvimento do Setor, sem permitir perdas para a área florestal do Estado de Sergipe, que hoje se apresenta com apenas 11,8% de cobertura vegetal”. 

Para o presidente do Sindicer de Sergipe, José Abílio Guimarães Primo, “o projeto, fortalecido pela agrupamento de parcerias de instituições  irá permitir a indústria sustentável para o setor ceramista”.

Apresentações

Coordenado pelo superintendente de Biodiversidade e Florestas da Semarh, Valdineide Santana, o seminário contou com duas apresentações que contemplaram desde a concepção do projeto, passando por objetivo, meta, estruturação e implementação de unidade demonstrativa de eficiência energética para as cerâmicas vermelhas. As palestras foram proferidas por Francisco Pedro, Gestor de Energia e Meio Ambiente da SergipeTec, e por Aluzilda Januncio de Oliveira, coordenadora geral do centro de Produção Industrial Sustentável do Estado da Paraíba.

Recursos

O Projeto de Eficiência Energética com Uso Sustentável de Recursos Florestais em Cerâmicas para o Estado de Sergipe contempla valor na ordem de R$ 612.295,00, sendo R$ 498.895,00 do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica (FSA), com contrapartida da Sergipetec e da Sedetec, no valor de     R$ 113.400,00. Ele será desenvolvido nos municípios de Propriá, Santana do São Francisco, Telha, Areia Branca, Campo do Brito, Itabaiana, Estância, Itabaianinha, Tomar do Geru e Umbaúba.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.