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Preservação e Acesso

Arquivo Pessoal Marcelo Déda Chagas

 

SINOPSE

O projeto consiste no tratamento arquivístico completo de aproximadamente 285,7 metros lineares de documentação, com datas extremas entre as décadas de 1960 e 2014, a fim de configurar o acervo principal do Instituto Marcelo Déda (IMD). Em sua etapa final, o projeto prevê a realização de um Seminário e três Workshops gratuitos para entidades sem fins lucrativos, da organização civil, a fim de difundir e multiplicar os procedimentos técnicos e metodológicos realizados, com base no paradigma da conservação preventiva.

Período de Realização: 2014/2016

 

OBJETIVOS

Promover a guarda, a conservação preventiva e o acesso ao Arquivo Pessoal Marcelo Déda Chagas (APMDC) a partir do tratamento arquivístico e inclusão no acervo do Instituto Marcelo Déda (IMD). Vale lembrar que o tratamento arquivístico do fundo Marcelo Déda -e suas coleções inter-relacionadas- consiste, resumidamente, nas etapas de levantamento informacional (elementos intrínsecos e extrínsecos), diagnóstico do estado de conservação, classificação, digitalização, acondicionamento, armazenamento, descrição e a inclusão de informações, metainformações e representantes digitais no instrumento de gestão e pesquisa baseada na web.

Promover a complementariedade e completude informacional do APMDC com a inclusão de coleções que naturalmente se relacionam, de forma interconexa e interdependente, com os demais itens documentais já organizados e incluídos no Acervo, proporcionando, entre outros aspectos, uma maior amplitude e fidedignidade à pesquisa.

Promover um Seminário e três workshops direcionado à organizações da sociedade civil que tratam de temas relacionados aos objetivos e finalidades do IMD, a fim de promover a excelência no tratamento documental de seus acervos, sob bases científicas, notadamente sob o corpus teórico e metodológico das Ciências da Informação e da Conservação.

 

JUSTIFICATIVA

A preservação, conservação preventiva e difusão do APMDC representa uma etapa singular e pioneira no resgate da memória sociopolítica sergipana, além de um investimento social ao se promover o cuidado com relevantes materializações da ação política, social e cultural dessa importante personalidade sergipana.

O pioneirismo desse projeto também reside no fato da sua potencial qualidade e progressividade: a partir da consciência e responsabilidade de amigos e familiares com a memória de Marcelo Déda; a partir da consecução dos objetivos de resgate e tratamento documental, observando as qualidades técnicas e científicas necessárias ao desenvolvimento das atividades, por parte do IMD, buscando inaugurar em Sergipe uma nova perspectiva de memória; a partir desses desejos e deveres de memória, o IMD deverá narrar histórias que são testemunhos de fatos marcantes da história política sergipana, do nordeste e do Brasil – como a participação de Marcelo Déda na criação do PT, a campanha pelas Diretas etc..

Em um prazo de dois anos, de massas documentais desordenadas e acumuladas em distintos espaços se passará à existência de um órgão, em sede própria, que conservará preventivamente xxxx metros lineares de documentos de diversos formatos, configurações e suportes e os disponibilizará à pesquisa em sala apropriada ou remotamente – via ferramenta de gestão e pesquisa na internet, com informações detalhadas descritas sob as normas nacionais e internacionais de descrição arquivística (NOBRADE e ISAD-G) e representantes digitais para visualização e download. Em qualquer lugar do mundo, pesquisadores profissionais ou amadores poderão pesquisar sobre as atividades, a vida e o legado de Marcelo Déda.

A inserção de coleções conexas no acervo representa não apenas a ampliação de fontes, mas a solidificação de informações já existentes de forma associada e complementar: muitas informações registradas em documentos textuais planos (telegramas, ofícios, cartas manuscritas, panfletos, cartazes etc.) têm seus correspondentes informacionais em imagens estáticas produzidas por outros agentes em outros contextos.

Dito de outra forma, a proposta de conservação do APMDC está ligada à preservação da memória de ações sociopolíticas e culturais nas quais participou exclusiva ou coletivamente Marcelo Déda. Além disso, o projeto compreende ser imperativo sensibilizar entidades da sociedade civil sobre a necessidade de pesquisa e métodos científicos às atividades de conservação, preservação e dinamização, em especial, de documentos relacionados à memória social. Sendo assim, o projeto prevê a realização de um seminário e três workshops -por adesão- a fim de multiplicar e intercambiar conhecimento e procedimentos.

 

ACESSIBILIDADE

Por definição, o acesso à visualização das informações em ambiente virtual web é universal e irrestrito. Por tratar-se de um projeto que tem como base de acesso público uma plataforma informática disposta na internet, o sistema operacional ou o navegador utilizado pelo usuário naturalmente possui diversos recursos de acessibilidade agregados: como por exemplo, o leitor de voz para documentos em PDF. No entanto, serão observadas –e quando possível aplicadas- todas as normativas e sugestões da W3C (World Wide Web Consortium), principalmente as Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdos Web, com funcionalidades de acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais.

DEMOCRATIZAÇÃO

O APMDC será integral e hierarquicamente descrito, junto aos seus respectivos representantes digitais, no instrumento de gestão e pesquisa, com base na ISAD(G), disponível on line 24×7 que pode ser acessado com qualquer navegador web. O acervo descrito permite a elaboração de produtos e peças de divulgação do acervo, que poderão ser especialmente voltadas à pesquisadores profissionais e amadores, estudantes do ensino médio, superior e pós-graduação e profissionais das áreas das ciências da informação, sociais aplicadas e humanas.

ETAPAS DA INTERVENÇÃO ARQUIVÍSTICA

Planejamento operacional, levantamento, identificação, classificação, ordenação, digitalização, descrição, acondicionamento, armazenamento, conservação preventiva e dinamização:

1. Compilar e elaborar instrumentos operacionais subsidiários, baseados em bases legais, técnicas e normativas: pesquisa bibliográfica e referencial e treinamento de pessoal para execução do projeto.

2. Levantamento informacional de características intrínsecas e extrínsecas ao acervo. Elaborar instrumentos para coleta de dados para o diagnóstico do estado de conservação e contextualização. Será desenvolvido documentos modelos e procedimentos padrão para coleta de dados, registro de dados do monitoramento ambiental, armazenamento de dados do acervo etc.

3. Analisar e elaborar laudo do estado de conservação dos suportes e quantificar itens documentais.

4. Elaborar documento técnico instrutivo para as intervenções posteriores e aquisição de material para acondicionamento.

5. Monitoramento ambiental das condições climáticas da sala onde o acervo está depositado. Este monitoramento se destina a estudar as condições a que o acervo está sujeito e a definir os ajustes que devem ser realizados na sala de sua guarda definitiva, para que haja uma perfeita adaptação às novas condições sem prejuízo à sua integridade. Esta etapa deverá se desenvolver durante doze meses a fim garantir o registro da oscilação ambiental e dos efeitos no acervo ao longo do ano – ainda que o registro de dados permaneça posteriormente.

Compreenderá as seguintes sub-etapas: instalação dos equipamentos de monitoração ambiental; registro dos indicadores em dois horários previamente estabelecidos, pela manhã e ao final da tarde; registro dos indicadores externos nos mesmos horários; estudo das oscilações e trocas térmicas internas e externas. Realização de diagnóstico técnico a fim de realizar projeto específico de adequação. Em outras palavras, a partir da elaboração de laudos do estado de conservação é possível produzir um mapa que reflita as condições de conservação preventiva do acervo e forneça subsídios para futuros trabalhos de conservação estabelecendo graus de prioridade e complexidade.

6. Arranjo documental das séries, subséries.

7. Pesquisa de aspectos conteudinais: identificação de pessoas, objetos, localidades, ações e atividades registradas. Subsídio para as etapas de digitalização (inclusão de metadados) e descrição arquivística.

8. Preparação dos originais para digitalização, observando-se aspectos como completude, ordenação, necessidades e requisitos especiais das unidades.

Os procedimentos de Digitalização devem seguir obrigatoriamente os procedimentos e requisitos técnicos de: definição de conversão, atributos, qualidade de imagem, resolução, profundidade de bit, procedimentos de otimização, adequação e calibragem dos equipamentos utilizados, controle de qualidade da mesa digitalizadora, resolução espacial, reprodução tonal, controle de ruídos e objetos digitais.

Possuir uma Versão de Arquivamento com as seguintes características: digitalização sem compressão. Formato de arquivo normalizado: TIFF. Quantificação: 16, 24 bits ou maior. Frequência: 44.1, 48, 96, 192 kHz ou maior.

Possuir uma Versão « Restaurada » (quando necessário) a partir da versão de arquivamento sem compressão, aplicar tratamento para uma restauração linear (redução de ruídos de superfície, etc.). Formato de arquivo normalizado: JPEG. Quantificação: 16, 24 bits ou maior. Compactação 10:1-20:1 – dependendo do tamanho do original. Redimensionar imagem para 1024x768px. Alinhar de 1000 px a 5000 px em relação à altura. Freqüência: 44.1, 48, 96, 192 kHz ou maior.

Possuir uma Versão para Difusão, a partir da Versão de Arquivamento (ou da Versão Restaurada), formato PNG ou JPG, compressão típica com ajustes em relação ao uso. Redimensionamento original 150-200 px em relação à altura. 72dpi.

Controles: Imagem com tamanho incorreto; Imagem com resolução incorreta; Nome de arquivo incorreto; Formato de arquivo incorreto; Imagem gravada de modo incorreto (imagem colorida graduada em escala de cinza); Perda de detalhes por causa de superexposição ou sombras; Interferência excessiva especialmente em áreas escuras ou sombras; No geral muito clara ou muito escura; Valores tonais desiguais; Falta de nitidez/definição excessiva; Presença de artefatos digitais (linhas através da figura); Padrões de moire (ondulações ou redemoinhos); Imagem não aparada. Imagem de cabeça para baixo ou invertida; Imagem distorcida ou não centralizada; Equilíbrio de cores incorreto; Imagem fosca ou sem variação de cor; Curva negativa na tabela de verificação; Recorte de valores em preto-e-branco (em um histograma).

9. Inventariar, de forma multinível, seguindo as normativas de descrição propostas na Norma Brasileira de Descrição. Esta etapa deverá se desenvolver durante doze meses e compreenderá as seguintes sub-etapas: digitalização (e inclusão de metadados) de todos os itens que compõem o acervo; registro e armazenamento dos dados no instrumento de gestão e pesquisa on line do IMD com amostragem dos respectivos representantes digitais.

10. Acondicionamento e armazenamento. Nesta etapa será realizada a compra de equipamentos e materiais de consumo, dimensionados para o acondicionamento adequado do acervo visando assegurar a manutenção dos benefícios gerados pela execução deste projeto. Compreenderá as seguintes sub-etapas: compra de equipamentos e material de consumo; confecção de invólucros apropriados a cada formato de documento; garantir a guarda em condições adequadas até o advento do diagnóstico de conservação preventiva do acervo.

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