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A poesia de Marcelo Déda dialoga contemporaneamente com um ‘self’ que não se sacraliza em si mesmo. Ao contrário, se abre em focos distintos que iluminam tanto o Monte Parnaso quanto uma empoeirada rua da cidade de Simão Dias. Poesia setentista que se auto atualiza, emerge entre o neo-classicismo, o realismo-naturalismo e os valores estéticos das tradições da dicção nordestina de uma poesia que fala, que vê, que quer se deixar ouvir. Elos simples entre a antiguidade clássica e a vida cotidiana, entre rimas caras e uma devotada atenção à forma, o poeta conduz ideias, sons e imagens que transitam entre o popular e o erudito com a mesma tenacidade semântica. Vale conferir, na amostragem dos rascunhos a seguir, a manifestação poética na vida do poeta: quando surge a poesia, quando pensa a poesia, quando reflete, determina, representa, domina suas palavras.