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Na manhã desta quarta-feira, 31, a Polícia Civil de Sergipe realizou uma coletiva à imprensa para detalhar a investigação que culminou com a elucidação do duplo homicídio registrado no último domingo, 28, que vitimou o casal Nildenor Ferreira Rodrigues, 63 anos, e Laura Eudócia Rosa Rodrigues, 58 anos. A Polícia Civil confirmou que o vaqueiro Marcos Paulo Santana dos Santos, 20, foi o autor do crime bárbaro. Os assassinatos ocorreram na propriedade rural das vítimas, situada no povoado Patu, distante 10 km do município de Itabaianinha.

O superintendente da Polícia Civil, João Batista Santos Júnior, fez questão de salientar que a rapidez da resolução do caso foi possível graças a uma investigação bem conduzida. “Quando recebemos a notícia, os delegados da região foram logo ao local do crime e de imediato resolvemos designar o delegado Cristiano Barreto para coordenar as investigações. Com o apoio da aeronave do Grupamento Tático Aéreo, o coordenador das delegacias do interior, Fernando Melo, e o delegado Cristiano Barreto foram imediatamente para o local para iniciar as investigações. Esta iniciativa foi muito importante, pois encontramos toda a cena preservada”, destacou Batista.

De acordo com Cristiano Barreto, o acusado confessou ter matado os patrões com o intuito de subtrair dinheiro do casal. Ele também não gostou de ter sido demitido da fazenda, onde trabalhava há cinco meses. Durante o depoimento realizado na noite de segunda-feira, dia 29, na Delegacia Regional de Estância, o vaqueiro caiu em contradição várias vezes até que, confrontado pelos fatos, acabou confessando e contando detalhes do crime. “É triste investigar este crime bárbaro que vitimou duas pessoas queridas pela sociedade sergipana. Durante seu interrogatório, Marcos Paulo alegou que as vítimas foram mortas com o objetivo de subtrair patrimônio. Temos um misto de satisfação do dever cumprido e um misto de tristeza por tudo que aconteceu. Elucidamos o crime graças a um local de crime muito bem feito. Por conta desse empenho, possuímos hoje o melhor índice de elucidação de crime do Brasil”, destacou Barreto.
 
Segundo a polícia, um ponto determinante para que Nildenor demitisse o caseiro foi uma briga que ele teria provocado com um vizinho da propriedade. A informação é que ele o ameaçou com uma espingarda calibre 12 de propriedade da vítima, fato que teria desagradado o casal. Há também a versão de que o desentendimento entre o vaqueiro e esse vizinho teria acontecido por conta de ciúmes com a namorada de Marcos. Outro detalhe que chamou a atenção da polícia foi que durante toda a investigação no local do crime, o vaqueiro esteve presente, alegando que não conhecia os detalhes dos assassinatos e muito menos sabia quem tinha interesse na morte dos patrões.

Crime

De acordo com a polícia, o primeiro a ser morto foi Nildenor, que estava no curral preparando alimentação para animais quando foi surpreendido com golpes de foice na cabeça. Depois o acusado foi até a cozinha e matou a esposa de Maninho com a mesma foice. Após o crime, ele subtraiu a espingarda da fazenda e a escondeu juntamente com a foice na fossa da casa da propriedade rural. Tanto a foice utilizada no crime como a espingarda foram recuperadas pela polícia e já fazem parte da materialização do inquérito policial. “Tivemos convicção de que o acusado era o assassino já no primeiro contato mantido com ele na fazenda. Desde o início ele não soube explicar onde estava no dia do crime, apresentando várias versões que não batiam com os fatos”, explicou o coordenador das delegacias do interior, Fernando Melo.

Colaboração

Logo no início das investigações a polícia contou com a contribuição de militares do Corpo de Bombeiros que utilizaram técnicas específicas para resgatar a foice e a espingarda que estavam na fossa da casa da fazenda. Os bombeiros ainda encontraram na propriedade as vestimentas utilizadas pelo criminoso no dia do crime. “É importante destacar a colaboração do Corpo de Bombeiros e do Grupamento Tático Aéreo que ajudaram muito para que nós montássemos o quebra-cabeça do crime”, finalizou o superintendente João Batista.

Participaram da coletiva os delegados João Batista, Cristiano Barreto, Leógenes Correa, André Davi, Fernando Melo e o agente de polícia Tiago Caino.

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