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Quando o engenheiro paulista Josué Melo resolveu assistir a programação deste domingo, 4, do Festival de Inverno de Campos do Jordão, não imaginou que encontraria uma Orquestra, vinda de Sergipe, com tamanha categoria e destreza na realização das peças.  “A apresentação da Orquestra de Sergipe é uma feliz surpresa deste festival, pois tem músicos jovens, bastante envolvidos e principalmente com um repertório contagiante. A apresentação foi fantástica e no nível das grandes Orquestras brasileiras”, constatou.

O contagiante repertório, ao qual se referia Josué, é a Toccata Amazônica, do compositor gaúcho Dimitri Cervo, uma peça que faz parte da Série Brasil 2000 e que é considerada uma verdadeira obra de arte musical, pois revela influências do Minimalismo e da rítmica brasileira. A peça foi realizada pela primeira vez na última quinta-feira, 1º, em Aracaju, pela Orquestra Sergipana no Teatro Tobias Barreto, encantando a todos os sergipanos presentes. Já na Praça Capivari, em Campos do Jordão, o público foi ainda maior, e aplaudiu de pé a emocionante apresentação.

Durante sua participação no festival de música clássica, conhecido e reconhecido internacionalmente como o maior evento do gênero na America Latina, a Orsse foi mais uma vez ovacionada pelo seu talento. O convite surgiu após o estonteante sucesso durante a Turnê Brasil, realizada em 2009, quando a orquestra tocou nas principais salas do país, e se tornou conhecida nacionalmente por suas brilhantes apresentações.

Em Campos do Jordão, a Orsse contou com a regência do maestro Guilherme Mannis e teve participação do solista Daniel Guedes, surpreendendendo estudantes ou profissionais de outras áreas, que não perderam a oportunidade de prestigiar o jovem talento da música erudita do Brasil.

“A apresentação da Orsse em Campos do Jordão é um marco no trabalho da nossa Orquestra e da política de cultura do Estado, principalmente porque este é um festival internacional que se destaca por trazer grandes nomes da música mundial para os seus palcos. Este concerto consolida a atuação do Governo em relação à orquestra sergipana, projetando-a para fora do espaço geográfico de Sergipe e ampliando o público da música de orquestra feita em nosso estado”, destacou a secretária da Cultura, Eloisa Galdino, ressaltando que a Orsse é a segunda orquestra do Nordeste a se apresentar no Festival. “Isso comprova o reconhecimento que temos alcançado por todo o país”, finalizou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, da Ciência , Tecnologia e do Turismo, Jorge Santana, também esteve presente na Praça Capivari e se mostrou entusiasmado com o sucesso alcançado pela Sinfônica sergipana. “Emoção: essa é a melhor palavra para definir essa apresentação de hoje. É emocionante ver a orquestra do nosso estado, que representa e simboliza a nossa cultura, presente em um festival deste porte, por ser um dos mais importantes do mundo e, principalmente, percebendo o destaque e a receptividade do público, que aplaudiu de pé ao concerto”, completou.

O concerto no Festival Internacional de Campos do Jordão marca um momento especial da Orquestra Sinfônica de Sergipe e divulga, de forma significativa, a política cultural e o incentivo que o Governo tem dado aos músicos que compõem a Orsse. O maestro Guilherme Mannis considera que o concerto, no Festival de Inverno, superou todas as expectativas, e que Sergipe só tem a ganhar com o sucesso obtido. “Estamos muito felizes em estar neste evento, que é o maior de música clássica na América Latina, o que só mostra o comprometimento do Governo do Estado para com a nossa Orquestra. O sucesso neste concerto é o fruto de um trabalho árduo, e que esta sendo muito bem realizado, o que só prova que estamos no caminho certo”, ressaltou o maestro.

Para a coordenadora de cultura, da Santa Marcellina Cultura, entidade que organiza o festival, trazer a Orsse é uma grande honra, visto que é uma Orquestra em promissor crescimento no cenário da música clássica nacional. “A finalidade do festival é trazer orquestras de vários estados, que tem se destacado por seu trabalho e que em uma representatividade muito grande na sua região. Então foi com este objetivo que trouxemos a Orquestra de Sergipe, que tem se destacado e realizado um belíssimo trabalho na música clássica na região Nordeste”, disse.

Emoção

Um renomado festival exige a presença de músicos experientes e que tenham grandes repertórios a apresentar. Foi desta forma que o violinista Daniel Guedes foi convidado para esta grande apresentação. “Daniel é um dos professores do festival e hoje é um dos grandes violinistas de sua geração. Um grande parceiro e que fez muito bonito junto com conosco, aquecendo nossa interpretação com uma grande visão das Árias ciganas e com a sinfonia de Antonín Dvorák”, complementou Guilherme Mannis.

“Estou muito feliz em ter sido escolhido solista da orquestra, principalmente por ser um evento tão importante como esta apresentação neste festival que a maior vitrine quando se trata de música clássica, e que reúne os maiores músicos e as maiores orquestras do país”, afirmou Daniel Guedes, pouco antes de sua emocionante participação.

Além da Toccata Amazônica e das Árias Ciganas, a Orsse finalizou sua passagem pelo Festival, entoando a Sinfonia n.3 em mi bemol maior, Op 7, ‘Renana’,  do alemão Robert Schumann. Em um momento de muita emoção, homenagearam o músico Radegundis Feitosa e seus alunos, que faleceram durante um trágico acidente no último dia 1º.

Para coroar com chave de ouro o concerto, o ritmo do forró, marca da cultura sergipana, tomou conta do ambiente, através de músicas como Feira de Mangaio, do compositor Sivuca e da cantiga Mourão, de Guerra Peixe, que agitou todo o público.

Calorosa recepção

Nem mesmo o frio intenso na Praça Capivari intimidou a multidão, que acompanhou atentamente a cada execução e aplaudindo exaustivamente a Sinfônica Sergipana. O crítico musical Irineu Franco Perpétuo foi uma das presenças ilustres, que marcou o festival. Acompanhando minuciosamente a apresentação, o jornalista saudou o crescimento profissional da Orquestra, destacando que de agora em diante a Orsse deverá se desenvolver ainda mais. “No Nordeste não existe um movimento muito forte na música clássica, e o que a gente percebe com a Orsse é que Sergipe tem começado uma bela história. A Orquestra de Sergipe tem uma temporada regular, e toca com solistas renomados e principalmente peças muito importantes. É uma orquestra profissional de verdade, e isso para nós é de grande alegria, desejando que esse exemplo seja seguido por vários estados, principalmente os do Nordeste”, desejou.

Outra presença que brindou o sucesso da Orsse foi a da advogada sergipana Stella Manier, que saiu de Aracaju especialmente para acompanhar o concerto da Sinfônica de Sergipe. “Como tantas outras apresentações que já assisti em Aracaju, achei esta linda e integrativa. O maestro foi muito feliz na escolha do repertório que foi muito animado e que contagiou a todos que assistiram. Mais uma vez o maestro provou que tem valor e que dá valor a esta Orquestra linda e que eu considero uma grande obra do Governo do Estado de Sergipe”, festejou.

O ex-secretário de Cultura de Sergipe, José Carlos Teixeira, grande amante da música, também prestigiou o concerto e comemorou o desempenho da Orquestra Sinfônica de Sergipe. “Sempre fui um apaixonado por nossa Orquestra e hoje mais do que nunca vejo o quanto ela tem evoluído e se destacado no cenário nacional. A secretaria de Cultura está de parabéns”, comemorou.

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