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A Companhia de Desenvolvimento e de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), em parceria com o Ministério da Agricultura e a Prefeitura de Lagarto, preparou para os agricultores, estudantes e professores do município, uma manhã repleta de informações e esclarecimentos sobre a preservação do meio ambiente e a importância do alimento orgânico.

O evento, que foi preparado para comemorar a 6ª Semana do Alimento Orgânico e este ano antecedeu a semana do meio ambiente, aconteceu na sede do pré-universitário do município e teve início com uma palestra ministrada pela coordenadora da Supaf, Maria Creuza Guimarães, e pelo engenheiro agrônomo e fiscal federal da agricultura orgânica, Max Leal.

Representando as autoridades políticas do município, o secretário de Agricultura de Lagarto, Antônio Carlos Nogueira Fontes, abriu o evento falando sobre a forte ligação entre a produção orgânica e a preservação do meio ambiente. “A agricultura e a preservação têm que andar lado a lado”, colocou o secretário, ressaltando a importância que o trabalho da Cohidro tem para culminar nessa união.

“A ação que é feita com a assistência da companhia no perímetro irrigado, já é um pontapé. Se a gente puder proporcionar ao produtor momentos como esse, com explicações aprofundadas de como produzir um alimento ecologicamente correto, tudo vai melhorar. Sem dúvida alguma o alimento orgânico é a salvação da humanidade”, acrescentou Max Leal.

O engenheiro explicou aos agricultores presentes o porquê da cidade ter sido escolhida para sediar a semana do alimento orgânico. “É importante que a população desse município conheça a fundo o que é o alimento orgânico, afinal, essa produção já faz parte da vida de boa parte dos produtores lagartenses ligados ao perímetro irrigado”, ressaltou Leal.

O fiscal federal disse ainda que o evento é nacional e que nesta data todos os estados se organizam para conscientizar a sociedade do consumo do alimento orgânico, onde se destaca sua qualidade tanto para o meio ambiente, quanto para o produtor e para o consumidor. “Essas ações são praticadas aqui em Sergipe, assim como em outros estados com essa finalidade. Então, preparamos palestras com o apoio de pequenos produtores orgânicos, para que além de explicar o que seja o alimento, o participante ainda possa visualizar o resultado”, completou.

Legislação

Outro ponto esclarecido por Max Leal foi a legislação que defende a produção orgânica e assegura ao produtor o selo de certificação para os produtos. “Como o sistema orgânico de produção cresceu muito, foram necessários a criação de algumas leis que pudessem assegurar ao produtor a venda do seu produto e ao consumidor, a qualidade do alimento que ele esta ingerindo. Antigamente, só existia uma instrução normativa no Ministério da Agricultura que falava sobre os alimentos orgânicos”, esclareceu, reiterando que a  lei que ampara a agricultura orgânica foi sancionada no dia 23 de setembro de 2003.

“A lei 10.831 reconheceu formalmente a existência do sistema orgânico de produção. Até essa data ela não era reconhecida. A partir do momento que a lei aparece, ela vai normatizar e informar que o sistema orgânico de produção é oficialmente reconhecido. Tanto que nela, consta que são considerados alimentos orgânicos de produção todos aqueles que se adotam formas especificas mediante a utilização de recursos naturais”, informou.

Ele explicou que o motivo por ter sido elaborada apenas uma lei em proteção ao sistema de produção orgânica, foram os vários processos que existem para a elaboração e aprovação de uma lei. “Para se fazer uma lei, primeiro tem que se fazer a proposta, depois ela tem que ser apresentada por um deputado ou senador e passar pelas comissões do Congresso para ver se está de acordo com a Constituição e outros ajustes mais. Daí ela vai para o plenário e, se for aprovada sem mudança, vai para a outra Casa, que da mesma forma, se não alterá-la, envia para o presidente sancionar. Esse processo pode demorar anos. Por isso se elaborou uma lei e os detalhes menores ficaram em instruções normativas”, acrescentou.

Max finalizou sua fala ratificando aos participantes que a produção orgânica traz, além de qualidade de vida para quem a consome, sustentabilidade àqueles que optam por utilizá-la. “Aquilo que é sustentável é socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correta. É isso que a agricultura orgânica é. Justa por que todos ganham, economicamente viável porque traz recursos ao empreendedor e ambientalmente correta porque respeita o meio ambiente”, concluiu.

Ligação

A coordenadora da Sufap, Maria Creuza Guimarães, que já trabalha com a agricultura orgânica há 10 anos, citou que o meio ambiente e a agricultura orgânica estão diretamente ligados. “A gente sabe que as áreas dos agricultores são visitadas constantemente por insetos. Com essa combinação isso não vai mais acontecer. Sem contar que também temos consciência que o uso de agrotóxicos é muito grande e que muitos produtores são contaminados pelo veneno ao utilizá-lo. A produção orgânica então é uma forma de melhorar as condições desses produtores e também disponibilizar ao consumidor, um alimento mais saudável, além de melhorar a vegetação. Então ela vai melhorar a qualidade de vida e ambiental”, pontuou.

De acordo com o coordenador do perímetro irrigado Piauí, Marcos Emílio de Almeida, o principal objetivo da Cohidro ao trazer pela primeira vez para o município a 6ª Semana do Alimento Orgânico, foi mostrar para o público em geral o que é esse alimento responsável por boa parte da produção do perímetro. “Como nós já temos uma feira que acontece duas vezes por semana em grande parte do centro da cidade, achamos interessante mostrar para a população o que é o alimento orgânico, por que ele é tão importante para nossa vida e porque consumi-lo”, afirmou o coordenador, ressaltando que a tendência é expandir a feira para os bairros e aumentar o úmero de dias.

Marcos disse que a ideia de convidar os estudantes para participar do evento, se deu como intermédio para os agricultores. “Quando o produtor trabalha muito tempo na agricultura, não acredita que pode ser contaminado, quer fazer do jeito dele. Então nada melhor do que os jovens que têm maior conhecimento do que os pais para transmitir essas informações. A gente passa para os jovens e eles transmitem o que ouviram”, detalhou.

E a ideia parece ter funcionado. O estudante Cladson André da Costa Santos, 19 anos, que trabalha com o pai no sítio de sua família, participou da palestra para conhecer mais sobre a agricultura orgânica. “Meu pai é presidente da Associação de Peixe do município e nos trabalhamos com agricultura há cinco anos no nosso sítio. Eu já conheço os produtos orgânicos, mais não sabia muita coisa sobre eles. Então vim até aqui para buscar mais informações e entender melhor como é a produção”, disse o jovem, acrescentando já estar pensando em implantar a produção na sua propriedade.

“A produção orgânica tem muitas vantagens pelo que vi. Ela é fundamental para nossa saúde, principalmente para nós que trabalhamos com plantação. Agora vou chegar em casa, passar o que ouvi para meu pai e tentar aplicar na nossa terra”, avisou o estudante.

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