CONHEÇA NOSSA LOJA!
Fala de Marcelo Déda no aniversário de 53 anos

Transcrição da fala de Marcelo Déda, em reunião com o secretariado comemorando seu aniversário de 52 anos.

“Hoje tomei banho de mar com os meus filhos e fiz 53 anos de idade. E se Deus quiser, farei cinquenta e quatro. E se Deus quiser, vou vencer essa doença. Vou vencer essa doença e, se eu vencê-la … diz um filósofo alemão, muito eurocêntrico pro meu gosto, mas humanista de mão cheia, e eu aqui não lembro o nome dele, ele diz: “Nós somos um civilização que tem um pé em Atenas e outro pé em Jerusalém”. Eu nunca vi uma melhor descrição, mais perfeita pelo menos, da minha dualidade intelectual. Eu tenho um pé em Jerusalém e um pé em Atenas. Na filosofia, na ciência, na política, tenho um pé na fé, na busca do mistério.

O que eu quero dizer a vocês é que nada, nada tem que ser objeto da nossa indignação irracional. Deus sabe a nossa hora e nosso momento. Deixemos nas mãos Dele, se Ele achar que o espetáculo terminou, Ele avisa. Não vamos lamentar o espetáculo do que podíamos encenar, vamos agradecer aquele que nós já interpretamos e já executamos na vida que nos foi dada. Porque, se eu tiver que permanecer mais tempo neste tablado, se eu vencer essa doença, vocês terão testemunhado um milagre de Deus … um milagre de Deus. E eu serei o pior dos homens, se vencendo-a, não usar a vida que me restar para proclamar que eu acredito nesse milagre [……..] que por maior que seja a racionalidade que tenha, não me permito deixar de ter.

Por fim, eu quero agradecer a Deus pelos amigos que me deu; por todos que ao longo da minha carreira estiveram ao meu lado. Muitos, por trás das câmeras, muitos perdendo noite, muitos arriscando emprego, muitos brigando em casa, muitos sofrendo a crítica dos vizinhos, mas que foram para as ruas, que pregaram cartazes, que fizeram cotas nas campanhas de deputado estadual, de deputado federal e de prefeito … para que tivesse dinheiro pra pagar a gasolina, muitos que colocaram seus carros pra me levar para comícios, que foram me servindo de motoristas, dirigindo comigo pelos cantos de Sergipe e da cidade. Muitos que vieram para a equipe de governo como meros representantes dos partidos e depois viraram meus amigos, meus companheiros, meus irmãos na luta de governar Sergipe.

Então agradeço a vocês todos, os que estão hoje e os que estavam antes, e os que virão depois. Porque sem vocês eu não teria como realizar dez por cento daquilo que eu queria realizar, e que estamos realizando. Por isso eu quero agradecer, agradecer por esse momento de felicidade; eu estou aqui, trabalhando e vim aqui e tive uma surpresa: eu sou ruim de pegar de surpresa porque eu sou desconfiado …… e fui pego de surpresa, né?! Vamos pra missa agora, quero convidar a todos, eu quis hoje pedir pra rezar uma missa, apesar de que a gente reza em casa, mas as vezes é bom a gente fazer em público, num templo, uma oração.

Então eu quero dizer a todos vocês, dizer a esse companheiro que abriu caminhos, que inspirou uma geração, que eu não seria governador se Jackson não tivesse sido a liderança da resistência à ditadura no final dos anos 70, início dos anos 80. Se eu não tivesse aprendido com ele, com ele, com tantos outros que eu já mencionei aqui. Agradecer aos companheiros e aos amigos, agradecer a essa criatura que, além do trabalho que eu dou a ele como governador ainda é de uma solidariedade imensa … Pedro Lopes é um irmão que não nasceu de Dona Zilda, tem que investigar aí o DNA. Pedro Lopes tem sido um anjo da guarda, não só agora, há mais de dez anos. Agradecer a Zé Luís, Zé Luís sabe mais da minha vida, pelo menos a vida dos pagamentos, de certas coisas, eu nem sei como é, quem sabe é ele. Zé Luís está comigo desde 94.

Citando esses dois – que eu não vou citar todo mundo, eu quero citar todos vocês, que são meus amigos, meus companheiros e que trabalham comigo nessa luta incessante pra fazer Sergipe um estado melhor. Deus haverá de me permitir que eu conclua essa obra.

E Deus haverá de me abençoar e me dar ânimo para iniciar outras obras. Tudo está nas mãos de Deus;
o que Deus quiser nós temos que respeitar. Hoje, amanhã, daqui a uma década, a duas décadas.

Quem ficar conte, quem ficar passe adiante, quem ficar não deixe o bastão cair. Quem ficar, não deixe a memória turvar. Quem souber escrever, escreva, quem souber interpretar, interprete, quem souber discursar, discurse. Mas contem a nossa história. Amanhã, ou daqui a uma década, ou daqui a vinte anos, quem ficar, conte a história. Porque toda vez que a historia for contada, eu estarei vivo.”

Marcelo Déda Chagas, 15/03/2013

Escute o áudio:

Comentários desabilitados