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No ano de 2011, Sergipe obteve o segundo melhor resultado no número de exportações realizadas de toda sua série histórica. A análise dos dados referentes ao comércio exterior sergipano do ano passado confirma a retomada do crescimento das exportações estaduais que – sobretudo por causa da crise econômica internacional do final de 2008 – havia sofrido uma forte queda com reflexos, principalmente, sobre os resultados dos dois anos anteriores. Com um montante exportado de US$ 122,399 milhões em 2011, Sergipe retoma as exportações a valores superiores aos 100 milhões de dólares, patamares que somente haviam sido obtidos nos anos de 2007 e 2008, quando se exportou, respectivamente, US$ 144,760 milhões e US$ 111,677 milhões.

“Ainda temos muito a realizar, como a instalação da nossa Zona de Processamento de Exportações (ZPE). Mas o empresariado sergipano mostra-se cada vez mais antenado com o mercado internacional, o que já garantiu os bons dados de 2011. Já 2012, por conta dos desdobramentos da crise internacional, é um ano em que teremos que trabalhar muito para manter as nossas exportações aquecidas. Mas estamos no caminho certo e Sergipe dá sinais de que encontrou o caminho para se tornar um estado cada vez mais reconhecido pela sua produção em todo o mundo”, avaliou o gestor da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Zeca da Silva.

De acordo com análise do economista do Departamento Técnico da Sedetec, Danilo Munduruca, analisando-se os resultados de 2011 em relação a 2010, verifica-se um crescimento no valor exportado de 59,8% e no valor importado de 67,9%. “Isso implica numa maior inserção no comércio internacional, dado que sua corrente de comércio passou de US$ 256,383 milhões para US$ 424,183 milhões”, disse Danilo, embora ressaltando que o saldo da balança comercial registrou um resultado negativo expressivo, mantendo o quadro histórico de déficits comerciais, com exceção para o ano de 2007.

Divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os dados de Comércio Exterior de 2011 confirmam o bom desempenho das exportações de Sergipe neste ano, quando as vendas ao exterior registraram crescimento de 59,8% em relação ao ano de 2010. Na análise mensal, observa-se que em todos os meses de 2011, a exceção de maio e dezembro, o volume exportado sempre foi maior que o do ano anterior. De acordo com Munduruca, analisando-se a pauta, verifica-se que os produtos de destaque nas exportações de Sergipe são o suco de laranja, os calçados e o açúcar. “O suco de laranja, tradicional item da pauta, é o principal responsável pelo expressivo resultado obtido em 2011, respondendo por 51,7% da pauta deste ano”, destaca Danilo, ao divulgar que o produto registrou exportações de US$ 63,270 milhões, sendo o montante exportado 84,8% superior ao de 2010, sendo que a quantidade exportada cresceu 46,5%, passando de 20,9 para 30,6 mil toneladas.

A partir dos dados analisados, constata-se que o bom resultado do suco de laranja é fruto, além do significativo crescimento do volume exportado, da boa cotação internacional da commoditie, que passou de 1.636,82 US$/toneladas, em 2010, para 2.065,43 US$/toneladas, em 2011. Destacam-se como principais compradores do suco de laranja sergipano a Holanda (US$ 40,443 milhões), Turquia (US$ 3,375 milhões) e Bélgica (US$ 3,223 milhões). “O segundo principal item exportado em 2011 foram os calçados que respondem por 12,5% das vendas externas neste ano, com um montante exportado de US$ 15,281 milhões, seguido do açúcar de cana e outros açúcares, que juntos somam US$ 21,293 milhões, respondendo por 17,4% das exportações estaduais no ano de 2011”, analisa o economista ao destacar que o mercado consumidor dos calçados é constituído, sobretudo, por países da América do Sul, a exemplo do Peru, Colômbia e Bolívia. Já os açúcares são adquiridos pela Rússia, Marrocos e Canadá, no caso do açúcar de cana, e pela Colômbia e Benin, no caso dos outros açúcares.

Além do crescimento expressivo das exportações no primeiro semestre de 2011, destaca-se ainda a grande expansão nas vendas para os países do Mercosul, Europa Oriental e África. Quanto às principais empresas exportadoras, os destaques são, respectivamente, para a Tropfruit Sucos (US$ 44,560 milhões); Maratá Sucos (US$ 23,646 milhões); Vulcabrás Azaléia (US$ 17,202 milhões); Usina Caeté (US$ 12,906 milhões); e Usina São José Pinheiro (US$ 8,387 milhões). “Destas cinco empresas, à exceção da Usina Caeté, todas as demais empresas recebem algum tipo de benefício do governo estadual, seja locacional ou fiscal, demonstrando que a política industrial do governo, focando na atração de novas empresas ao Estado, tem impactado também no aumento das exportações de Sergipe”, ressalta Danilo Munduruca, ao acrescentar que o destaque nas importações vai para cinco principais produtos: coque de petróleo (US$ 45,774 milhões), trigo (US$ 45,134 milhões), diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 29,126 milhões), sulfato de amônio (US$ 20,723 milhões) e outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos (US$ 10,341 milhões).

De acordo com ele, um fato relevante nas importações estaduais é que esta é composta, quase que em sua totalidade, por bens intermediários e bens de capital. “O coque de petróleo é o insumo energético das fábricas de cimento, o trigo abastece as indústrias fabricantes de pães e massas, o diidrogeno e o sulfato de amônio são insumos para as misturadoras de fertilizantes do estado, já os aparelhos para filtrar ou depurar líquidos constituem bens de capital para indústria local”, enfatizou.

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