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A partir da iniciativa do Perímetro irrigado Piauí (PEPIA), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), dois agricultores de Lagarto fizeram visita técnica à Bahia para conhecer plantios de pimenta-do-reino, no último dia 12 de junho, acompanhados do técnico agrícola da Cohidro, Tito Reis. Já no dia 20, foi realizado um encontro, na sede do PEPIA, com os demais irrigantes interessados na atividade agrícola e os que foram à viagem, serviram de multiplicadores de tudo que viram.
 
A intenção dos técnicos da Cohidro é inserir o produto dentre as variedades cultivadas nas propriedades irrigadas pela Empresa no município, favorecendo a diversificação de culturas e melhoria na renda para esses agricultores. A pimenta-do-reino, ou pimenta-preta, está presente na culinária de diversos países, tem franco mercado interno e grande potencial para exportação. Ela garante excelente rentabilidade ao agricultores que dominam as técnicas de plantio, já que a sua planta, nativa da Índia, exige tratos culturais intensivos no plantio, manejo, colheita e pós-colheita, como explica o técnico, Tito Reis.
 
“Pudemos observar, durante a visita técnica, que além das características do solo, outro fato de principal importância para escolha da área para o plantio do pimental é o aspecto fitossanitário, principalmente em relação à doença da fusariose. O produtor deve evitar áreas que foram cultivadas anteriormente por cucurbitáceas, como o pepino, o maxixe e a abóbora”, analisou o técnico da Cohidro, que trouxe amostras da terra presente nas plantações visitadas nos municípios baianos de Valença, Taperoá e Presidente Tancredo Neves, para que seja feita uma comparação, laboratorial, com o solo lagartense e a partir daí, determinar uma possível correção de solo.
 
Primeiras mudas

Os agricultores que foram à visita técnica na Bahia, trouxeram, inicialmente, 60 mudas de pimenta-do-reino, para as primeiras experiências de adaptação da espécie às características do município de Lagarto. Segundo Tito Reis, essa iniciativa não só serve como teste, “mas é o modo prático de demonstrar aos demais produtores interessados na ‘pipericultura’, o potencial e viabilidade da cultivar em nosso perímetro, que atende às características climáticas e de solo encontradas nos plantios visitados”, comentou o técnico.
 
O irrigante pela Cohidro, José Isidoro do Nascimento, foi um dos que estiveram na visita técnica na Bahia. Trouxe 13 mudas e se mostra bastante animado com a nova cultura. “Já plantei as minhas mudas. Quando fui procurado por Tito, ele me fez a proposta de irmos conhecer as plantações e eu aceitei, sabendo que seria uma aposta. Acredito que vai dar muito bem aqui, achei ótima a variedade e o clima, solo e ocorrência de chuvas, lá, não é tão diferente daqui”, comentou o agricultor que foi um dos escolhidos, pela sua dedicação ao plantio irrigado e facilidade de assimilar as orientações técnicas.
 
Outro experiente irrigante, que foi na viagem às plantações de pimenta-do-reino baianas, foi Gidelson Gonçalves dos Santos. Ele é produtor de pimenta, no perímetro Piauí, das variedades malagueta, jalapeño, biquinho e hoje também aposta no novo cultivo. “Trouxemos de lá 60 mudas, compradas direto com um dos produtores que visitamos e já deixamos encomendado mais 300 mudas. Dessas, pretendo plantar entre 100 e 200 pés. A variedade é bastante lucrativa, mas é um investimento a longo prazo. Leva 3 anos para começar a produzir e depois segue dando frutos por mais 10 anos”.
 
Meta alcançada

A gerente do PEPIA, Gilvanete Teixeira, conta que não é de agora a intenção de trazer o cultivo de pimenta-do-reino para o perímetro de Lagarto. “Uma das minhas metas, ao assumir a gerência do perímetro em 2012, foi essa de propiciar aos nossos irrigantes o acesso às técnicas de plantio e mudas para iniciar, aqui, o cultivo desta pimenta, que vai trazer um novo ânimo para esses agricultores dispostos a testar a variedade que nunca não tinha sido introduzida dentre às plantadas pelos irrigantes”, complementa ela, satisfeita em cumprir essa pauta na agenda de reivindicações dos irrigantes.
 
“Inovar, para tornar seu produto mais competitivo, é ponto importante na busca por uma agricultura familiar eficiente e responsável. Ao que parece, o cultivo de pimenta-do-reino carece de pequenas áreas para produzir, garantindo um custo benefício bastante lucrativo. Necessitando, para isso, abundância de água de irrigação e mão de obra disposta a um trabalho minucioso e dedicado às plantas, dois elementos que temos de sobra em nossos perímetros. Felicito o corpo técnico de Lagarto, por correr atrás e trazer mais essa novidade ao PEPIA”, conclui o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, entusiasmando pela iniciativa que nasceu e tomou forma no próprio perímetro irrigado.

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