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Banese restaura mais um patrimônio histórico cultural de Sergipe

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Preservar os monumentos históricos culturais como maneira de reverenciar o passado. Com esse objetivo, o Banco do Estado de Sergipe (Banese) está recuperando mais um patrimônio histórico cultural do Estado, trata-se do painel de cerâmica criado pelo artista plástico sergipano Jenner Augusto, no ano de 1957, localizado na fachada do edifício Walter Franco, situado na esquina do calçadão da Rua João Pessoa e Praça Fausto Cardoso. Atualmente, o edifício abriga a agência João Pessoa do Banese e a sede do Ministério Público Estadual (MPE).

A iniciativa da recuperação do painel, um dos marcos do modernismo em Sergipe e que estava bastante desgastado pela ação do tempo, foi através de pedido da Curadoria de Patrimônio do MPE, prontamente atendido pela diretoria do Banese. O processo de restauração está sendo executado pela empresa A. M. Restauro, do Estado da Bahia, especializada na recuperação de patrimônios históricos. Ela também trabalha na recuperação do Palácio Olimpio Campos. O serviço foi iniciado no mês de fevereiro com duração de aproximadamente 90 dias e a data de entrega da obra está prevista para o dia 22 de abril.

De acordo com o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento, a recuperação dessa importante obra de Jenner Augusto faz parte da atuação do banco na sua área de responsabilidade social contribuindo para a preservação da memória de Sergipe. “O painel está situado em um local privilegiado do centro de Aracaju, onde nas proximidades temos duas agências, além do que o Ministério Público é um importante parceiro e cliente do Banco do Estado de Sergipe e que nos fez a reivindicação de restauração. Essa iniciativa mostra o Banese cada vez mais presente na preservação da memória de Sergipe, a exemplo também das obras de restauração do Atheneuzinho (em andamento) e a reforma do antigo farol do bairro Farolândia”, observou Saumíneo.

Jenner Augusto

Jenner Augusto da Silveira (1924 – 2003), sergipano de nascimento, filho de professora, passou grande parte de sua infância mudando pelas cidades do interior de Sergipe, juntamente com sua família, predestinada à formação de pessoas ilustres, a exemplo de seu primo Joel Silveira que se revelaria um dos maiores jornalistas do nosso Estado. Humilde, Jenner trabalhou como engraxate, sapateiro, ajudante de alfaiate, pintor de paredes, até começar a fazer cartazes para filmes. Começa a se interessar pela obra de Horácio Hora na década de 40, o que incentiva a sua pesquisa no campo da pintura. Seus primeiros trabalhos são acadêmicos, já que o contato com o Modernismo já amadurecido no Rio de Janeiro e em São Paulo era quase impossível. Por volta de 45, data de sua primeira exposição, começa a integrar-se no ambiente artístico de Aracaju, e em 49 realiza a decoração do Bar Cacique, marco da Arte Moderna no Sergipe, onde aparece clara influência de Portinari, prova que as informações dos centros culturais do país começavam a chegar às capitais.

Nos anos seguintes, além de participar da I Bienal de São Paulo (51), realiza importante mostra na Galeria Oxumarê, de Salvador (52), participa do Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio, em 53 voltando a expor até 62, além de receber o prêmio de viagem da Universidade Federal Bahia no V Salão Baiano de Belas Artes (54). Expondo no Rio de Janeiro, em 55, conhece Portinari e Pancetti, que divulgam o artista no meio artístico. É neste mesmo ano que conhece o maior divulgador de sua arte e um de seus maiores fãs, Jorge Amado.

Com a série Alagados, denuncia a pobreza e ao mesmo tempo pinta com um colorido que dá a estas obras um extremo lirismo. Surgem outras séries, como a dos Coroinhas, mas de maneira geral, a partir do final dos anos 60, sua obra é paisagística, oscilando sempre entre o figurativo e o abstrato, com predomínio constante dos grandes planos cromáticos, sem grandes inovações até os dias atuais.

Edifício Walter Franco

O edifício Walter Franco foi erguido em 1956 durante o governo Leandro Maciel e ocupou o espaço do prédio da Recebedoria Estadual, recebendo o painel de Jenner Augusto em 1957. Foi construído com a destinação de abrigar as repartições do Governo e era conhecido como Palácio das Secretarias. Edifício de seis andares, o térreo ficou como Recebedoria Estadual, depois foi ocupado em 1982 pelo Banese. Pelos elevadores da praça Fausto Cardoso existiu uma sobreloja onde funcionou a Secretaria de Governo, depois cada andar ganha sua repartição, a exemplo do: Conselho de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Condese), Secretaria da Fazenda, Procuradoria do Estado, depois o Tribunal de Contas do Estado (após ser criado em 1969 foi instalado em 30 de março de 1970, no edifício Valter Franco – 4º Andar). Logo após chegou a vez do Ministério Público do Estado que hoje ocupa o prédio.

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