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A Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Estado da Saúde (SES) está apoiando, juntamente com as Vigilâncias Sanitárias municipais, a campanha contra o uso de anabolizantes promovida pelo Conselho Regional de Educação Física (CREF/SE) em parceria com o Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer (Seel) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE).  As Vigilâncias Sanitárias (Visas) estadual e municipais foram orientadas para fazer inspeções nas academias sergipanas.

Segundo o diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Antônio de Pádua Pombo, na última audiência realizada no Ministério Público ficou acertado que as Visas devem visitar as academias de ginástica para fiscalizar a comercialização de anabolizantes e orientar que estes estabelecimentos sejam regularizados. “Para uma academia funcionar é necessário a licença sanitária e que tenha profissionais com responsabilidade técnica habilitados no Conselho Regional de Educação Física”, enfatizou o diretor.

De acordo com ele, em fevereiro do próximo ano haverá uma nova audiência, onde será firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as Visas Estadual e municipais, as academias e o CREF/SE para que até junho de 2011 todas as academias sergipanas estejam regularizadas.

“Em Sergipe, existem oito mil profissionais de Educação Física, portanto não se justifica não ter responsável técnico nas academias, pois elas são estabelecimentos que promovem a saúde das pessoas, por isso devem estar com os equipamentos compatíveis, passando sempre por manutenção, devem ter espaços salubres e principalmente o acompanhamento dos professores de educação física, tanto quanto forem necessários”, informou Pádua esclarecendo que não há interesse em fechar academias somente regularizar.

Anabolizantes

Conforme o diretor da Divisa estadual, o uso de anabolizantes tem se tornado problema de saúde pública. Esta campanha tem como foco coibir o uso do complexo vitamínico A.D.E., que é de uso exclusivo veterinário. “E é para animais de grande porte usado sob rigoroso controle do médico veterinário que observa peso e idade do animal, pois é uma substância muito forte. A dose de 1 ml num animal pode implicar em graves efeitos colaterais, imagine 100 ml em um ser humano, pode causar terríveis efeitos na saúde humana e levar até a morte”, explicou Pádua.

De acordo com ele, de 2004 para cá, quando foram iniciadas as campanhas contra anabolizantes pela Visa de Aracaju, já houve quatro mortes relacionadas ao uso de A.D.E., fora várias seqüelas nas pessoas que utilizaram o produto. Para ele, é importante que os educadores físicos desestimulem o uso destas substâncias, que expliquem sobre os efeitos nocivos do uso, convidem os profissionais de Visas para ministrarem palestras nas escolas e principalmente os pais observem os seus filhos.

“Os pais devem acompanhar os filhos na busca por uma academia, verificar as instalações físicas e sem têm profissionais capacitados. Observar se o filho aparece com o corpo modelado de forma rápida, agressivo, com proliferação de acne, mudança brusca de humor, é porque algo está errado”, disse Pádua, informando que os principais efeitos colaterais no uso de anabolizantes são quedas de cabelo, diminuição na libido, hipertensão, sobrecarga renal, hepática e cardíaca, psicose e depressão, impotência, ginecomastia (seio em homens), infertilidade, voz mais grossa em mulheres, entre outros como a morte.

Ele informou que no próximo ano a Vigilância Sanitária vai levar este tema à Assembléia Legislativa. “Para sensibilizar os deputados para a regulamentação da comercialização e venda dos anabolizantes somente em farmácias veterinárias e estabelecimentos agrícolas, para que haja um controle através de receita agronômica e retenção da receita como acontece hoje com os antibióticos para os seres humanos”, explicou Pádua.

Ele acrescentou que a venda de anabolizantes veterinários é de responsabilidade do Ministério da Agricultura e das respectivas secretarias estaduais e municipais.

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