[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Representantes de diversos sindicatos de trabalhadores de Aracaju e Sergipe e a delegação sindical norte-americana da American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO), debateram na manhã hoje, dia 29, modos de aproximar e fortalecer a união entre trabalhadores do Brasil e Estados Unidos na luta por seus direitos. Os americanos se mostraram contrários às políticas do presidente George Bush de conduzir as negociações da Alca, a invasão do Iraque e o atual tratamento dado aos imigrantes brasileiros que trabalham nos EUA.

O encontro aconteceu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e foi aberto pelo vice-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. “Somos contra a política de Bush, mas não contra o povo americano. É essencial que trabalhadores de todo o mundo possam fortalecer suas relações e garantir seus direitos”, afirmou. Para Edvaldo, o governo de Lula está buscando enfrentar o modelo pregado por Bush com importantes medidas como a retomada do Mercosul e a busca de boas relações com novos mercados. “Os trabalhadores brasileiros e os políticos progressistas desse país têm que se unir aos trabalhadores do mundo inteiro na luta para enfrentar a avalanche neoliberal”, completou.

De acordo com o palestrante da manhã, Stanley Gacek, diretor adjunto de relações internacionais da AFL-CIO, a conquista de relações solidárias entre os municípios do Brasil e Estados Unidos é um passo decisivo para facilitar o amparo aos brasileiros nos EUA. “Dessa forma vamos ter mais aval contra o revanchismo de Bush e acabar com situações de exclusão e não cumprimento das leis de proteção aos trabalhadores por parte do governo americano”, disse.

Atualmente mais de dois mil brasileiros encontram-se presos nos Estados Unidos e cerca de um milhão trabalham lá, a maioria ilegalmente. Os casos mais alarmantes de desrespeito a trabalhadores brasileiros ocorrem na área da construção civil dentro do que os americanos denominam corredor Nova Iorque-Nova Jersey. “Precisamos aprofundar nossas relações para que abusos e exploração em relação às condições de higiene, segurança no trabalho e o não pagamento de horas-extras e previdência aos brasileiros seja eliminado”, ressaltou Stanley. Além de advogar pela inclusão social e legalização dos trabalhadores imigrantes, a delegação norte-americana frisou que é preciso estudar políticas de alívio para a dívida externa de países em desenvolvimento como o Brasil.

CUT
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT-SE), Antônio Góes, também participou das discussões e reforçou a intenção de unir os sindicatos do Brasil e Estados Unidos. “Somente através da somação de forças poderemos transformar a realidade atual e melhorar a vida dos trabalhadores no mundo inteiro. Espero que novembro também seja para os americanos o início de uma mudança verdadeira”, disse referindo-se à eleição que acontecerá naquele período nos EUA.

Muitos sindicatos contribuíram com as discussões. Participaram os sindicatos dos bancários, da Indústria Têxtil (Sintêxtil), da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), dos Trabalhadores em Educação do Município de Aracaju (Sindipema), dos Previdenciários (SindiPrev), além do Comitê Contra a Alca, dentre outros.

A comitiva dos EUA viaja hoje para Recife (PE). Eles já estiveram em São Paulo e vieram a Aracaju porque queriam visitar cidades governadas por partidos progressistas, cujo maior representante no Brasil é o Partido dos Trabalhadores (PT). Ao final da viagem, em Brasília, a delegação vai encaminhar ao presidente Lula cartas em que prefeitos, congressistas e entidades sociais norte-americanas manifestam suas intenções de consolidar boas relações com o Brasil. Também estão marcadas audiências com os ministros chefe da Casa Civil, José Dirceu, e do Trabalho, Ricardo Berzoini.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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