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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai realizar na próxima sexta-feira, 15, o I Seminário Estadual de Saúde da População Negra. O evento, com início marcado para as 8h no Starfish Ilha de Santa Luzia Resort, marcará a assinatura de um protocolo de intenções com a Secretaria de Estado do Trabalho, Juventude e Promoção da Igualdade e contará com a presença do ministro da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos.

A iniciativa é inédita em Sergipe. Com a realização do seminário, o Governo do Estado dá o primeiro passo para a construção de uma política de saúde voltada para a população afrodescendente. A discussão sobre o assunto é justificada quando se observa a existência de enfermidades que afetam principalmente as pessoas da raça negra, a exemplo da anemia falciforme.

No ano passado, a SES realizou um diagnóstico dos serviços ofertados e das necessidades de saúde dessa população. Os dados foram levantados a partir de visitas a todas as comunidades quilombolas oficialmente reconhecidas no Estado. "Ao compararmos oferta e demanda, foi detectada a ausência de uma linha de cuidado para a doença falciforme, que é hereditária e pode ser diagnosticada já nos primeiros anos de vida com o teste do pezinho", explica Carlos Adriano de Oliveira Almeida, da equipe de gestão da Atenção Básica da SES.

Segundo ele, também foi identificada a necessidade de um programa de educação permanente para os gestores e profissionais de saúde que trabalham com a população negra. Entre os convidados para o evento, estão gestores municipais, profissionais de saúde, representantes de movimentos sociais, de entidades de classes, universidades e demais secretarias estaduais. "O momento servirá para divulgar a necessidade de implantação dessa política, sensibilizar gestores e sociedade em geral, e conhecer os atores que atuam junto às comunidades quilombolas", afirma Carlos Adriano.

Outros temas

Além da assinatura do termo, a programação do seminário envolve a discussão de três temas: programa de atenção integral ao paciente com doença falciforme, combate ao racismo institucional e saúde da população afrodescendente. "Esperamos que essas discussões ajudem a subsidiar a construção de uma política pública", afirma Carlos Adriano.

Para o coordenador de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado, Pedro Neto, essa mobilização para o desenvolvimento de ações concretas demonstra que Sergipe não está à margem da política nacional quando o assunto é a promoção de políticas afirmativas. "Felizmente conseguimos dar esse passo que pode amenizar ou até mesmo erradicar os índices de mortalidade relacionados à anemia falciforme", destaca Pedro, ao se referir ao seminário como o pontapé para a construção de um programa voltado para a prevenção e tratamento da doença entre a população negra.

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