Semarh comemora o Dia da Caatinga em Canindé

Em comemoração ao Dia Nacional da Caatinga, a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e a Prefeitura Municipal de Canindé de São Francisco realizaram durante a manhã desta quinta-feira, 28, a “Pesquisa vai ao Clube e a Escola”. O evento  foi realizado no Clube Altemar Dultra, localizado em Canindé do São Francisco.

O evento levou aos estudantes e a comunidade local a dinâmica das pesquisas realizadas no Monumento Natural Grota do Angico, nas áreas de botânica, zoologia e ecologia. As pesquisas foram apresentadas pelo Núcleo de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Caatinga da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Na oportunidade, o coordenador técnico do Monumento Natural Grota do Angico, Jeferson Mikalauskas Simanas, abordou sobre a importância do monumento, destacando que o local é a primeira unidade de conservação criada pelo Governo de Sergipe no bioma caatinga. Frisou também, que a Semarh protege hoje cerca de 2.180 hectares de vegetação nativa,  destinada a pesquisa, educação ambiental e turismo.

Durante o evento, a Prefeitura de Canindé homenageou o Monumento Natural Grota do Angico pela atuação da Semarh na preservação e uso sustentável da caatinga, mostrando o verdadeiro sentido da conservação desse bioma. “O objetivo da Grota do Angico é a preservação do sitio natural existente no Mona e seus valores culturais, visando o desenvolvimento de pesquisas, educação ambiental e turismo ecológico. Além de sua biodiversidade, a região se destaca pelo seu valor cultural e histórico, destacando que a Grota foi o local da morte de Lampião e de seu bando, marcando historicamente o fim do movimento cangaço”, destacou Jeferson.

“Temos que lutar pela causa ambiental, principalmente pela nossa sobrevivência. Quero convidar todos vocês a se apaixonarem pelo Meio Ambiente, porque se nos apaixonarmos iremos preservar nossas vidas”, destacou o secretário Municipal da Gestão Governamental e de Meio Ambiente, Antônio Carlos Porto.

Já a aluna do oitavo ano da Escola Municipal Maria do Carmo do município de Canindé do São Francisco, Sthefany Marques,13, ficou feliz em ter participado do dia da Caatinga. “Vim determinada para saber mais sobre a caatinga e sobre seus benefícios e tenho certeza que hoje sairei daqui, sabendo mais de como preservar esse bioma”, destacou a estudante.

A superintendente de Áreas Protegidas Biodiversidade e Florestas, Valdineide Barbosa de Santana, destacou que a realização de atividades no Dia Nacional da Caatinga, em um dos municípios que possui a caatinga e que abriga o Monumento Natural Grota do Angico junto com Poço Redondo, favorece a integração com a comunidade, permitindo uma maior divulgação do potencial ecológico, histórico e cultural do bioma. “Isso desmistifica o conceito de que a Caatinga é um ecossistema improdutivo e pobre em biodiversidade”, frisou.

Para o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, a comemoração do dia da Caatinga é um data importante para alertar a comunidade sergipana sobre a importância do bioma no Estado de Sergipe. “Podemos destacar que a caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, que mantém grande potencial biológico. E que a Semarh vem fazendo investimentos para preservar esse bioma genuíno e rico em biodiversidade”, destacou o secretário.

A “Pesquisa vai ao Clube e a Escola” também ocorrerá nessa sexta-feira, em Poço Redondo, município que também abriga o Monumento Natural Grota do Angico.

Encerrando as comemorações do Dia Nacional da Caatinga, a Semarh apresentará nessa sexta-feira, 29, a “Exposição Fotográfica um Olhar sobre a Caatinga”, no Salão Externo do Restaurante Universitário da Universidade Federal de Sergipe. O objetivo é registrar a diversidade das belezas cênicas da região, retirando a ideia da paisagem dominada por cactos e seca, abordando o cenário cinzento do período da estiagem, com aspectos da vegetação espinhosa, sem folhas, em que alguns animais resistentes dão lugar a uma transformação mágica e uma variedade de organismos em formas e cores singulares que modificam toda a paisagem logo após as primeiras chuvas de inverno.