[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Sabe aquele aluno que passa de ano, mas não sabe ler, ou aquele que reprova sucessivas vezes? Eles formam o público-alvo dos programas ´Se Liga´ e ´Acelera´, que buscam “acelerar” o desenvolvimento dos alunos atrasados na educação básica e que será implementado na rede pública municipal de ensino este ano, após várias reuniões e discussões entre os técnicos da Secretaria Municipal da Educação (Semed), a equipe técnica estadual do programa e representantes do Instituto Ayrton Senna, ao qual estes programas estão vinculados.

Os programas vão atender alunos de 1° a 4° séries com idade entre nove e 14 anos. O Se Liga destina-se a alfabetizar crianças que são promovidas na escola mesmo sem saber ler e escrever. Já o Acelera busca resgatar o aprendizado de alunos multi-repetentes, com a possibilidade de saltarem algumas séries após avaliações, o que irá, de certa forma, economizar recursos financeiros dos cofres públicos.

“É de fundamental importância que os alunos sejam efetivamente capazes de ler e escrever. Dessa forma, não me furto em conhecer e até mesmo aplicar, claro que com adesão de coordenadores e professores, programas que têm obtido resultados positivos no país”, declarou a secretária municipal da Educação, professora Tereza Cristina Cerqueira da Graça.

De acordo com a secretária, o Se Liga e o Acelera são desenvolvidos em alguns estados brasileiros e obtiveram como resultado mínimo, aprovação, com qualidade, de 80% dos alunos. Tereza Cristina comentou ainda que estes são os maiores programas de correção de distorção escolar do Brasil, inclusive respeitados internacionalmente por entidades como a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Implementação

A previsão da Secretaria Municipal da Educação é atender a dois mil alunos, divididos entre 80 turmas. Antes, os estudantes passarão por teste diagnóstico. Em seguida, os alunos que fizerem acima de 24 pontos no teste serão encaixados no Acelera, e aqueles com pontuação abaixo desse número, no Se Liga. O período letivo de ambos os programas é de 200 dias e conta com duas horas de aula diariamente.

Antes do início do período letivo haverá uma capacitação com os que vão estar envolvidos diretamente nas ações, com o objetivo de apresentar a filosofia do programa. “É importante que o professor esteja sensibilizado para participar do programa. Ele precisa dirimir certos preconceitos contra os alunos tidos como indisciplinados, e ao invés de culpar o estudante, buscar dinamizar suas aulas e motivá-los”, afirmou Maria José Bonfim Melo, da equipe técnica estadual.

Práticas pedagógicas

Já no começo da aula os alunos são recebidos com a acolhida, que promove integração entre os estudantes e os motiva a assistir às aulas. As avaliações também não são nada tradicionais, e acontecem, por exemplo, durante uma gincana educativa.

O Se Liga realiza alfabetização através do método Dom Bosco, que envolve 27 palavras-chave com importância fonética no falar cotidiano, procurando fazer com que o estudante aprenda a ler, escrever e realizar operações fundamentais de matemática de forma rápida e dinâmica, além de buscar desenvolver o senso crítico do estudante, desde as primeiras letras, diante da realidade onde está inserido.

O Acelera envolve outros projetos, sendo que todos incentivam a construção da cidadania nos estudantes. Fazem parte dele o ´Quem sou eu´, ´Escola: espaço de convivência´, ´O lugar onde vivo´, ´Minha cidade´, ´Brasil de todos nós´ e ´Operação Salva-Terra´.

Os programas trabalham para, mais do que alfabetizar os alunos, criar entre eles o hábito da leitura, sendo que os estudantes recebem a Caixa de Literatura, um material com 30 livros para os estudantes do Se Liga, e 40 para os do Acelera a serem lidos no decorrer do período letivo.

No que se refere à composição das turmas, o critério é a heterogeneidade. “Nada de agrupar os alunos de acordo com a idade ou separar dos demais os chamados ´alunos problema´. Afinal, é com os estudantes menos empenhados nos estudos que vamos trabalhar”, advertiu Maria José do Bonfim Melo, da equipe estadual. “Nosso desafio é mostrar que eles podem obter sucesso, tanto que 90,7% dos alunos do Acelera saltaram séries na escola”, finalizou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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