Projeto ‘Liras Sergipanas’ enriquece programação do Museu da Gente

Numa realização do Instituto Banese, o projeto ‘Liras Sergipanas’ terá prosseguimento no próximo dia 14 de junho, com as apresentações de mais duas bandas filarmônicas do Estado: a Filarmônica Euterpe Japaratubense, de Japaratuba, e a Banda Sons de Júbilo, de Aracaju. O objetivo do projeto, que vem sendo apresentado dentro das programações do Museu da Gente Sergipana, na Avenida Ivo do Prado, 398, no centro de Aracaju, é valorizar a tradição musical das filarmônicas em atividade no estado, dando a elas destaque pelo seu histórico de atividades artísticas e de inclusão social e cultural.

De acordo com o diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese, Marcelo Rangel, o ‘Liras Sergipanas’ objetiva formar novas plateias e difundir a música filarmônica. “Por isso as apresentações das bandas filarmônicas serão registradas para a produção de um CD que será lançado nas comemorações de dois anos do Museu da Gente Sergipana, com o apoio do selo fonográfico Disco de Barro, de modo a fortalecer o mercado musical sergipano”, informa o diretor.

Apresentações

A primeira edição do projeto aconteceu no último dia 17 de maio, no átrio do Museu da Gente Sergipana. Ela contou com apresentações da Filarmônica União Lira Paulistana, de Frei Paulo, e da Filarmônica Municipal Coração de Jesus, de Laranjeiras. As bandas apresentaram versões filarmônicas de canções populares nacionais e internacionais, temas de trilhas sonoras de cinema e clássicos do forró pé de serra.

Primeiro grupo a se apresentar, a Filarmônica Coração de Jesus, composta por 42 músicos, executou um repertório bem diversificado. Sob a regência do maestro Álvaro Araújo, a banda fez o público cantar e dançar junto com os músicos. O maestro elogiou o projeto: “É mais que um incentivo à cultura, ele dá maior visibilidade para as bandas. O ambiente é fantástico. A acústica e a iluminação casam com a música, estamos gratos pelo convite”, diz Araújo.

Instituição centenária

A Filarmônica União Lira Paulistana, de Frei Paulo, criada em 1876, e uma das bandas mais antigas em atividade no Estado, também empolgou o público com a sua apresentação. Composta por 60 crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade, a  banda tem como regente Gilmar Correia da Conceição.

Segundo o diretor da Lira Paulistana, Juvenal Lima, com o apoio concedido pelo Instituto Banese, desde 2011, a banda deu um salto qualitativo na promoção da cidadania, ampliando o quadro de crianças e adolescentes que através da música podem sonhar com um novo amanhã.  “Essa parceria proporcionou não apenas um novo prédio e alguns títulos conquistados, mas acima de tudo o aumento da autoestima de uma instituição centenária que se encontrava prestes a fechar as portas e encerrar uma história de tradição”, ressalta Juvenal Lima.

Tradição

O projeto também foi muito elogiado pelo público. Segundo o aposentado Ricardo Bomfim, Sergipe estava precisando reconhecer e valorizar a tradição das suas bandas filarmônicas. “Fiquei emocionado em relembrar canções de outros tempos. O Instituto Banese está de parabéns em realizar um evento que proporciona boa música e dá acesso à cultura”, enfatiza Bomfim durante a primeira edição do ‘Liras Sergipanas’.

O evento foi prestigiado pelo secretário de Cultura de Laranjeiras, Irineu Fontes, e pela presidente da Sociedade Filarmônica de Sergipe (Sofise), professora Olga de Andrade, que foi convidada para fazer a entrega de um certificado homenageando a Filarmônica União Lira Paulistana por mais de cem anos de atividades no Estado. Emocionada, a professora fez uma retrospectiva do surgimento das filarmônicas na Brasil e no mundo e encerrou o evento parabenizando o Instituto Banese pelo incentivo à música sergipana.

Programação

As apresentações do projeto ‘Liras Sergipanas’ serão realizadas mensalmente, com duas bandas a cada edição. A entrada é gratuita e o projeto vem sendo realizado pelo Instituto Banese em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, numa promoção do Museu da Gente Sergipana, e que conta com o apoio do Café da Gente, do Selo Disco de Barro e das Prefeituras Municipais.