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Para ajudar na recuperação dos pacientes durante tratamento contra o câncer, o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade administrada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), oferece o suporte necessário na parte clínica, como também desenvolve atividades lúdicas que proporcionam momentos de descontração. Entre essas atividades, está o Mamafest.

O Mamafest é um grupo formado por mulheres em tratamento contra o câncer de mama e completa 10 anos este ano. Estimulado por profissionais do Centro de Oncologia do hospital, as participantes realizam várias atividades recreativas coletivamente e que têm papel importante no tratamento.

Toda última terça-feira de cada mês, o grupo se reúne para comemorar o aniversário das mulheres que completaram mais um ano de vida. No último dia 29, não foi diferente. Luciene Santana, paciente em tratamento há três anos no Huse, foi uma das homenageadas. “Eu participo de todas as atividades do grupo. Ele me faz bem e ajudou muito no meu tratamento. Quando recebi o diagnóstico de câncer de mama, confirmado após a detecção através do auto-exame em casa, fui encaminhada para essa unidade. Fiz quatro sessões de quimioterapia, 25 de radioterapia e tive que retirar o seio direito. Hoje, faço o acompanhamento médico a cada seis meses, mas sempre estou aqui fazendo a fisioterapia e participando de todos os eventos e atividades”, disse.

A paciente, que completou 44 anos de idade, ainda ressaltou a importância do apoio dado pela equipe de profissionais do Huse. “A fisioterapeuta Karla Mendonça, a psicóloga Regina Célia e toda a equipe, sempre nos ajudam muito. São maravilhosas”, afirmou Luciene Santana, que também fez várias amigas com a integração proporcionada pelas atividades.  

Entretenimento 

O bingo e o bazar são exemplos de algumas atividades que arrecadam fundos para o grupo. Para fazer o bazar, por exemplo, as participantes do Mamafest arrecadam roupas. O bingo, por sua vez, é realizado com brindes, a exemplo de utensílios domésticos e de decoração. Animação não falta entre as participantes.

“Vamos comemorar os 10 anos do grupo será em Salvador. O bingo e o bazar estão sendo usados para ajudar no custeio da viagem e das demais atividades recreativas”, disse Karla Mendonça Rodrigues, fisioterapeuta do Centro de Oncologia do Huse.

A humanização do tratamento oncológico dos pacientes do Huse conta com outras atividades para todos os pacientes, tanto crianças quanto adultos. Dentre elas, estão as comemorações de Natal, Carnaval, Pré-Caju, Dia do Médico, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia do Soldado, Dia do Odontólogo, Dia das Crianças, Dia das Bruxas, Dia Nacional de Combate ao Câncer, Páscoa, Festa Junina, Outubro Rosa, aniversariantes do mês, entre outras.

Suporte e tratamento

Ao sentir os efeitos colaterais oriundos do tratamento, os pacientes contam com o apoio do ambulatório de psicologia e fisioterapia do Centro de Oncologia do Huse. De acordo com a psicóloga da unidade, Regina Célia Macedo, o ambulatório de psicologia oferece o suporte emocional para que os pacientes entendam as modificações que ocorrem na vida após o diagnóstico da doença.

“Durante o tratamento, há alterações corporais, a exemplo das mutilações, e percebemos que a condição emocional, alteração de humor, ansiedade e depressão afetam o quadro imunológico do paciente. Consequentemente há uma maior dificuldade de resposta positiva ao tratamento”, disse.

Já o ambulatório de fisioterapia atende pacientes com sequelas motoras, respiratórias e auxilia no alívio da dor durante o tratamento do câncer. “Atendemos uma média de 35 a 40 pacientes por dia e as mulheres do Mamafest, por exemplo, vêm aqui as terças e quintas-feiras. Os exercícios realizados com as pacientes do Mamafest têm a função de fazê-las ganhar amplitude de movimento do braço, perdido com a retirada da mama, força muscular e dar habilidade nas atividades diárias e sociais. Procuramos também fazer com que o tratamento fisioterápico seja um canal de integração com outras pacientes, para que elas entendam que outras mulheres passam pelo mesmo problema”, disse Karla Mendonça Rodrigues.  
   
Para a coordenadora do Centro de Oncologia do Huse, Rute Andrade, é preciso compreender a dor das pessoas e tentar amenizá-la. “Fortalecer essas ações com projetos de humanização e integração significa proporcionar mais qualidade ao tratamento do paciente. Em 2007, tínhamos 15 mulheres integrantes do grupo Mamafest. Hoje, temos 63”, concluiu.

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