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Os feitos do sergipano José Martins Ribeiro Nunes, mais conhecido como Zé Peixe, falecido em abril do ano passado, aos 85 anos, foram exaltados pelo governador em exercício, Jackson Barreto, na noite desta quarta-feira, 25, ao participar da abertura da mostra ‘Zé Peixe, além das águas’. No Museu da Gente Sergipana, o personagem conhecido nacionalmente por sua maestria ao conduzir embarcações pelo Rio Sergipe, está agora eternizado por meio de uma escultura em tamanho natural. 

“Esta escultura é fundamental para que a população sergipana, principalmente os mais jovens, tomem conhecimento da figura emblemática de Zé Peixe e Aracaju possa resgatar sua memória e a memória dos seus filhos ilustres”, destacou o governador em exercício. 

Ao falar em Zé Peixe, Jackson remete ao período em que trabalhava nos Correios e o via quase diariamente indo em sua bicicleta buscar a esposa, Maria Augusta. “Ela trabalhava na minha turma nos Correios. Era um homem simples, apesar de seus feitos, e agora está representado aqui, a 200 metros de sua antiga residência e em frente ao rio onde desenvolvia suas atividades”, acrescentou Jackson.

“O Museu da Gente Sergipana acertou em fazer esta homenagem porque não há nada que se identifique mais com a gente sergipana do que a figura de Zé Peixe”, concluiu o governador, fazendo coro com a presidente do Banese, Vera Lúcia de Oliveira. “É muito importante que o Museu da Gente Sergipana tenha as pessoas sergipanas representadas em seu acervo e Zé Peixe foi uma personalidade marcante da história de Sergipe”.

Batizada como ‘O Prático’, a obra inaugurada na abertura da mostra foi modelada em concreto armado pelo artista visual Elias Santos e retrata um mergulho simbólico no espelho d’água que compõe o jardim frontal do Museu. A escultura fará parte do acervo permanente do Museu e a sua inauguração desencadeou um conjunto de eventos.

“Eu quero agradecer a todos que fizeram esta justa homenagem ao meu irmão. Ele merece muito”, disse emocionada a irmã de Zé Peixe, Rita Ribeiro Nunes Shunk, também conhecida como Rita Peixe. 

Durante a semana, também acontecerá o lançamento de duas obras de literatura de cordel sobre a vida do prático e a abertura da exposição que exibirá os estudos realizados por Elias Santos para a modelagem da escultura e as xilogravuras criadas pelo artista para ilustrar os cordéis, que serão expostas juntamente com poemas de Araripe Coutinho sobre o homenageado. A mostra ‘Zé Peixe, além das águas’ ficará aberta ao público no espaço expositivo do Museu da Gente Sergipana até o mês de novembro.

Para completar a série de homenagens, o Museu apresentará na programação especial para a Semana da Criança o espetáculo ‘Zé, o menino que queria ser peixe’, da Companhia Teatral Sultifera Navis. A peça infantil será realizada nos dias 04, 10 e 11 de outubro, às 15h30, com entrada gratuita.

Zé Peixe

José Martins Ribeiro Nunes, mais conhecido como Zé Peixe, atuou como prático conduzindo embarcações que entravam e saíam de Aracaju, pelo Rio Sergipe. O inusitado, em sua tarefa, se devia ao fato de não necessitar de embarcação de apoio para transportá-lo até o navio. Quando havia um barco necessitando entrar na barra do Rio Sergipe, ele nadava até o mesmo. Da mesma forma, após conduzir o navio para fora da barra, Zé Peixe saltava na água e voltava para a terra nadando. Algumas vezes ele saía em uma embarcação e nadava até uma bóia que sinalizava o acesso à barra de Aracaju, onde aguardava novas embarcações que necessitariam de seus serviços.

 Foi agraciado com vários prêmios e medalhas: pelo salvamento da iole Potiguar (barco a vela) recebeu a Medalha ao Mérito em Ouro do Rio Grande do Norte; por seus dedicados anos de trabalho recebeu a Medalha Almirante Tamandaré (criada em 1957, homenageia instituições e pessoas que tenham prestado importante serviço na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil); homenageado com a Medalha de Ordem do Mérito Serigy, mais alta condecoração do município de Aracaju; e eleito o Cidadão Sergipano do Século XX.

 

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