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As constatações apontadas no Atlas de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) 2013, publicado na última segunda-feira, 29, demonstram um patamar de evolução sem precedentes nos municípios sergipanos nos indicadores avaliados que contemplam, sobretudo, três dimensões: renda, educação e longevidade. O estudo é fruto de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil (PNUD) e do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). A análise dos dados aponta que a evolução do Índice de Desenvolvimento em Sergipe cresceu (no período da pesquisa que contempla 1991, 2000 e 2010 onde ocorreram os censos do IBGE) bem mais que a média nacional.

Outro fato importante obtido no estudo vem da análise do desenvolvimento dos municípios fora da área metropolitana, justamente um dos focos principais da atual administração. 

Evolução

De acordo com o Mestre em Economia, Ricardo Lacerda, que é professor do Departamento de Economia da UFS e assessor econômico do Governo do Estado, ao se realizar uma observação detalhada dos aspectos pontuados no atlas, verifica-se que, em alguns aspectos relevantes, a exemplo do crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), onde Sergipe cresceu mais do que a média nacional. “O IDH de Sergipe cresceu 62%, de 1991 a 2010, bem mais do que o do Brasil, cuja média de crescimento foi de 47%. Um crescimento notável e abrangente que também envolveu a dimensão renda, longevidade e na educação. Isso mostra que, mesmo considerando que há muitas carências a solucionar, Sergipe vem evoluindo muito mais rapidamente do que o Brasil”, salientou o economista ao se debruçar sobre a representação dos indicadores.

O estudo demonstra que Sergipe saiu da faixa de desenvolvimento muito baixo (0,000-0,499) para a faixa de médio desenvolvimento (0,600-,0699), redundando num avanço de 63% em vinte anos. Na avaliação particular de Aracaju, a capital, o estudo mostra que de 1991 a 2012, evoluímos no IDH e superamos cidades como Maceió (AL), Salvador (BA) e Fortaleza (CE), nos aproximando da metrópole regional, Recife (PE), onde Aracaju alcançou o índice de 0,770 e a capital pernambucana 0,772. “Demos um salto de 1991 para 2010, saindo da sexta colocação para a segunda, e deixando para trás capitais como Natal, Salvador, São Luís, João Pessoa e Fortaleza, e nos encostando em Recife, que vem passando por todo um processo revolucionário de desenvolvimento, sobretudo a partir do complexo de Suape”, ressaltou Ricardo Lacerda.

Ainda de acordo com o economista, é importante observar que o crescimento notável da região Nordeste é um elemento de equilíbrio para o conjunto do país, uma vez que havia, durante décadas, a observação de uma defasagem da região em relação aos estados do Sul e Sudeste. “Este é um elemento de equilíbrio fundamental para a correção destas distorções, já que as desigualdades no Brasil ainda são muito grandes”, afirma.

Vida e Saúde

No aspecto longevidade, que aponta para a expectativa de vida nos municípios, Sergipe é o sexto colocado no Nordeste, representando um avanço de 34% em 20 anos, e apontando para uma evolução de quatro anos a mais na expectativa de vida de 2000 a 2010. “Mesmo ainda recebendo críticas, os sistemas e programas de saúde redundaram em uma melhoria dos índices, representado pelo aumento da expectativa de vida dos sergipanos”, diz o economista, contextualizando a análise que aponta que a razão de pessoas acima dos 65 anos passou de 4,18 para 6,14 em vinte anos.

Outro dado curioso refere-se à taxa de fecundidade total por mulher, que caiu de 3,64 filhos em 1991, para 1,95 filho em 2010, posicionando-se abaixo da chamada taxa de reposição e, consequentemente, apontando para um ‘envelhecimento’ da população.
Já no aspecto da população sergipana com acesso a banheiro e água encanada houve um aumento de 53% entre 1991 e 2010, o que também é um item relevante na avaliação da qualidade de vida dos sergipanos.

Educação

Um elemento imprescindível para o desenvolvimento e fundamental para a qualidade de vida, a educação, também demonstrou um avanço, embora ainda sejam necessários vários esforços para evoluir cada vez mais neste aspecto. Pelo estudo, Sergipe é o quinto colocado no IDHM no Nordeste, apresenta uma evolução de 165% em 20 anos, onde a taxa de frequência líquida (que representa mais crianças na escola) quadruplicou nesse período, e a expectativa de anos de estudo passou de 6,45, em 1991, para 9,01, em 2010, um aumento de 40%. “São resultados expressivos, mas ainda há muito a avançar no aspecto da educação, sobretudo, no tocante ao ensino fundamental e médio. Esta é uma lacuna que ainda demandará muito esforço do Governo”, explica  Lacerda. 

Municípios

Os municípios sergipanos com maior IDHM são Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Propriá. Na dimensão ‘renda’, o ranking aponta, respectivamente, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itabaiana, Propriá e Estância. “É fundamental observar a representação gráfica desse processo de evolução de 1991 a 2010, sobretudo no aspecto da interiorização do desenvolvimento. Houve um crescimento uniforme da renda em Sergipe, revertendo uma lógica perversa que concentrava a renda nas regiões metropolitanas, sobretudo, no entorno da capital. A realidade hoje é outra e podemos nos orgulhar disso, embora ainda haja grandes demandas em áreas como saúde e educação que precisam ser trabalhadas”, conclui o economista Ricardo Lacerda.
 
O que fica patente é o resultado de iniciativas inovadoras e da decisão política de buscar promover o desenvolvimento e qualidade de vida de maneira equilibrada no território sergipano, a exemplo da consolidação de novas cadeias produtivas e oportunidades para que os sergipanos consigam mudar, para melhor, o rumo de suas próprias histórias.

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