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A Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) Dr. José Olino de Campos Lima, localizada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), é um dos mais equipados serviços de assistência às vítimas de queimaduras do Nordeste. Graças a esta característica, muitos casos de queimaduras que acontecem em Sergipe, e até em estados vizinhos, recebem atendimento adequado.

Devido aos festejos juninos, a unidade montou um esquema especial para atender os casos de queimaduras típicos do período e ampliou o número de leitos para queimados, o que inclui uma sala especial de retaguarda de quatro leitos no Pronto Socorro (PS), oito leitos nas enfermarias e está com uma escala diferenciada de profissionais.

Somente no período de 01 a 25 de junho, o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) registrou 69 atendimentos a vítimas de queimaduras. Nas noites de São João, considerando-se o período de 23 e 24, foram registrados 21 atendimentos. No mesmo período do ano passado, esse número foi maior com 32 atendimentos. Além dos fogos de artifício, foram registrados no Huse pacientes com registros de queimaduras por líquidos aquecidos, alimentos quentes, choque elétrico e substâncias inflamáveis, como o álcool, muito utilizado para acender fogueiras.

Mais uma vez, os fogos de artifício foram os grandes responsáveis por uma triste estatística, registrando 49 atendimentos até a noite de São João. Consequência disso: 16 amputações de membros. De acordo com a cirurgiã plástica e referência técnica da UTQ, Moema Santana, esse ano, o número de amputações de membros devido ao uso de fogos de artifício já superou todo o mês de junho do ano passado.

“Esse ano foi muito preocupante o número de vítimas que sofreu amputações em membros, principalmente crianças. Tivemos somente no último final de semana (sábado a segunda-feira) 16 amputações. Dessas vítimas, 3 eram crianças. Esse número já superou a estatística de todo o mês de junho do ano passado, com um registro de 15 vítimas amputadas”, informou.

A médica informou ainda que os cuidados devem ser redobrados com as crianças. “Tivemos 3 crianças com idade entre 3 a 14 anos, com dedos amputados. É uma mutilação que pode ser evitada se aumentarem os cuidados. As crianças são mais suscetíveis por, muitas vezes, não terem noção do perigo. O conselho que dou é que se evite dar fogos a elas, mas, se isso não for possível, deve-se supervisionar o uso desses fogos de perto”, alerta.

Como a maioria das vítimas de queimadura teve ferimentos leves, foi tratada no pronto socorro e liberada, não ficando esses pacientes internados na UTQ. As vítimas de amputações passaram para os cuidados da ortopedia e se recuperam bem. Como as comemorações das festas juninas ainda não encerraram, o esquema montado no PS e na UTQ continuará até o dia 30 de junho.

Alguns cuidados devem ser adotados em caso de queimaduras. Nenhum tipo de substância deve ser usada sobre o ferimento provocado por queimadura. A recomendação é apenas irrigar o local queimado com água fria e corrente. Em seguida, envolvê-lo com um pano limpo, que pode ser uma fralda ou uma toalha. Após essa providência, a vítima deve ser levada o mais rápido possível a um hospital, para que receba os cuidados médicos necessários.

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