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Governo do Estado atinge meta de recuperação de barragens

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A meta proposta para 2013 do Programa de Recuperação de Pequenas Barragens acaba de ser alcançada. Das pequenas aguadas em propriedades rurais, foram reformadas 508, até o momento. No caso das barragens públicas, de maior capacidade e para atender toda população, os municípios de Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Gararu e Itabi receberam os trabalhos da equipe de engenharia coordenada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Os trabalhos continuam até o mês de outubro, onde outros pequenos criadores receberão obras em seus reservatórios destinados a captação da água da chuva e usados para dessedentação dos rebanhos.
 
Realizado a partir de convênio entre as secretarias de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) e da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), o projeto investiu R$ 1 milhão e previa a reforma de 500 pequenas barragens, com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). A iniciativa é destinada aos municípios em que foi decretado estado de emergência no último período de estiagem e complementa as ações do Governo Federal, onde Defesa Civil e Exército provêm água para o consumo humano, com a instalação de cisternas e fornecimento com caminhões pipa.
 
O engenheiro civil da Cohidro, Valdir Aragão Porto, coordena o trabalho de engenharia do Programa e explica no que consiste o projeto.  “Escavadas nas partes mais baixas dos lotes, as barragens captam a água das enxurradas e precisam estar bem preparadas para comportar o máximo possível dessa água quando a chuva chegar. Nosso trabalho é geralmente focado na limpeza do leito desses reservatórios, que com o tempo acumulam sedimentos trazidos com a água da chuva. Noutros casos, há necessidade de recuperar as barreiras de terra que represam a água da barragem”.
 
Barragens públicas

Na sede municipal de Aparecida, a barragem que fica às margens da SE-175 foi reformada e hoje se encontra cheia, como detalha Valdir. “A recuperação aqui consistiu na retirada da lama que tinha no fundo, recuperando sua capacidade original de armazenamento de água”, relatou. Imprópria para o consumo humano, a água do reservatório serve para reabastecer – por meio de caminhões e tratores pipa – outros pequenos tanques que não suportam o período mais forte da estiagem e que servem às criações de gado da região.
 
Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Aparecida, José Roberto Vasconcelos Almeida informa que no momento a água da barragem pública ainda não está sendo requisitada, mas que não demoram mais 90 dias para seja iniciada a capitação para servir os pequenos criadores. “A barragem centraliza a distribuição de água emergencial e presta serviço ao povo distante, levamos água até 20 km de distância, inclusive ela atende ao município vizinho de São Miguel do Aleixo. Hoje ela está bem cheia, graças ao bom trabalho da Cohidro. Ficou muito boa a obra realizada, aumentando e muito a sua capacidade”.
 
Já Antônio Andrade da Silva, secretário de Administração e Finanças de Nossa Senhora Aparecida, defende a importância do reservatório para a pecuária da região. “Essa barragem é uma mãe para o município, chega a ter dia em que se juntam ali 20 caminhões pipa de uma vez. Aquele criador de 4 ou 5 cabeças de gado, quando suas pequenas barragens secam, não tem como pagar uma ‘carrada’ d’água com um particular, por isso precisamos de ter esse reservatório disponível para a prefeitura dar assistência à essas pessoas”.
 
Glória

A barragem pública situada no povoado Aracuã, em Nossa Senhora da Glória, recebeu obras do Programa para sua recuperação e ampliação de capacidade. Embora às chuvas ocorridas neste ano não tenham sido suficientes para preencher o reservatório por completo, ela será fundamental para armazenar a água das próximas precipitações, como defende o pecuarista da localidade José Ofenisio Mota, Seu Lio, como é conhecido o pequeno produtor de leite com 20 cabeças de gado que também dependem da água represada da chuva para beber.
 
“Foi sim importante a ampliação da barragem, pode não ter enchido agora, com a pouca chuva que tivemos este ano, mas dando um período de chuva bom, ela vai encher e juntar água para vários anos”, esclarece Seu Lio.
 
Pequenas barragens

As 508 pequenas aguadas recuperadas até o momento, na edição de 2013 do Programa, estão distribuídas nas comunidades rurais de Feira Nova, Tobias Barreto, Riachão do Dantas, Poço Redondo, Frei Paulo, Pinhão, Pedra Mole, Itabaianinha, Arauá, Monte Alegre e Porto da Folha. Foram municípios que decretaram estado de emergência até 25 de abril, quando foi dada a ordem de serviço do Governo do Estado para realização do projeto.
 
Nestas localidades, as prefeituras constataram a necessidade de atuação nas pequenas barragens rurais, após serem consultadas pela Cohidro durante o período de planejamento dos trabalhos. Além desta sondagem, realizada pela Diretoria de Infraestrutura da Companhia, o Programa estabelece critérios para que os pequenos criadores recebessem as obras em suas propriedades, como explica o diretor do departamento, Paulo Henrique Sobral.
 
“Quando é feita uma barragem para o pequeno produtor, ele assina um documento em que se compromete a atender as necessidades e propriedades dos agricultores vizinhos, cedendo a barragem para o uso também deles. Além disso,  é necessário que a família deste produtor esteja enquadrada como de baixa renda e tenha renda familiar proveniente da agricultura. Para isso o cadastramento solicita as inscrições do NIS (Número de Identificação Social) e DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf)”, revelou Paulo Sobral.
 
Porto da Folha

O engenheiro Valdir Aragão, informa que Porto da Folha, no Alto Sertão Sergipano, teve atendida a zona rural que compreende o povoado de Lagoa Redonda, onde 47 aguadas foram recuperadas. “É uma localidade onde a pecuária leiteira é predominante e quase sempre tocada por pequenos criadores que contam com esses pequenos tanques, que guardam a água da chuva, para dar de beber ao gado durante todo ano”, relata.
 
Segundo o agricultor Alaelson Paixão de Lima, as famílias precisam das barragens para o uso pessoal. “Usamos a água para o banho, lavar roupa, além do uso para o gado beber. A reforma foi muito boa para nós, se a barragem não fosse limpa, não teria juntado nem essa água, porque a gente não tem condição de fazer por nossa conta”, relata o criador de cinco vacas leiteiras. A pouca chuva não preencheu seu reservatório por completo, mas ele espera que isso aconteça nas próximas, agora com a aguada recuperada e com maior capacidade do que antes.
 
Deildo Valentim Vieira teve menos sorte com a chuva e não conseguiu represar água, porém seu uso é restrito para abastecer o gado e conta com a cisterna em sua casa. Agora ele aguarda para breve poder contar com sua pequena barragem. “Aqui não choveu, só deu sereno, mas quando chover vai juntar água, com certeza. Precisava vir um projeto desses para nós, ficou muito bom o resultado do trabalho do Governo”, conta o agricultor que espera que nas ‘trovoadas’ de janeiro, o seu tanque fique cheio.
 
Em outros casos, os agricultores juntam suas poucas economias para construir suas aguadas, mas a falta da prestação de serviço especializado ocasiona em mais dor de cabeça, além da carência de chuvas. É o caso da propriedade em que Dona Maria de Lourdes Alves Cardoso cuida junto do marido. “Assim que a barragem foi feita, com nosso dinheiro, na primeira chuva que deu arrebentou seu ‘paredão’. Estávamos precisando dessa ajuda do Governo do Estado, pois não tínhamos como pagar para consertar”, esclarece a agricultora que possui três cabeças de gado e que já tem água para beber.
 
Vice-prefeito de Porto da Folha e representante da comunidade de Lagoa Redonda, Francisco Barros de Azevedo, o popular Chico do Minador, reitera a carência financeira dos pequenos criadores da região, dando importância às obras de recuperação. “É muito importante para os agricultores, principalmente para os pequenos, que não tinham como limpar suas pequenas barragens e o Governo mandou a equipe da Cohidro para reformar várias barragens e com isso o povo só tem a agradecer ao Governo de Sergipe”.
 
O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, considera que esse trabalho realizado pela Cohidro, além dos limites dos perímetros irrigados, seja parte da missão que a Empresa tem com Sergipe, que não se restringe aos seus irrigantes. “É nossa função abraçar as oportunidades concedidas pelo Governo do Estado de contribuir para amenizar o sofrimento da população, que não pode mais perder suas criações por falta d’água. Já são dois anos de atuação dos engenheiros da Companhia nessa parceria entre Seagri e Seides e os resultados sempre ultrapassam as expectativas, prova de que o dinheiro público está sendo bem empregado e para com quem é de direito”.

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