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O Governo de Sergipe recomeçou os trabalhos de recuperação de barragens e aguadas nos municípios do Sertão. A ação restaurou, somente em 2012, cerca de 510 unidades. A recuperação tem a coordenação de engenharia feita pela Companhia de Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).
 
Com a cooperação das Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) e da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), o projeto, custeado pelo Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), vai investir R$ 1 milhão em 2013. São quatro frentes de trabalho, duas destinadas à recuperação de pequenas aguadas em propriedades rurais e outras duas realizam a limpeza e retirada de lama dos leitos de grandes barragens públicas, em povoados e sedes municipais.
 
Propriedades rurais

Serão R$ 600 mil do orçamento oriundo do Funcep, destinados à recuperação de barragens situadas em pequenas propriedades rurais, onde a água da chuva é represada para atender a dessedentação animal, necessidades das propriedades e residências. Contudo, como assinala o diretor de infraestrutura da Cohidro, Paulo Sobral, esses agricultores que possuem essas aguadas concordam em compartilhar desta água com os moradores vizinhos, para que recebam as obras.
 
“Quando é feita uma barragem, o pequeno produtor assina um documento em que se compromete a atender as necessidades e propriedades dos agricultores vizinhos, cedendo a barragem para o uso também deles”, informa Paulo sobral, anunciando ainda que “das pequenas, já estamos fazendo em Feira Nova e Tobias Barreto. Esta semana devemos começar a recuperação também em Graccho Cardoso. Em pequenas barragens os trabalhos são feitos por retroescavadeira, nas grandes públicas são necessários uma equipe maior e mais equipamentos”.
 
Tobias Barreto

Tobias Barreto é a localidade onde a recuperação das pequenas barragens teve início e está em ritmo adiantado, segundo o engenheiro civil da Cohidro, Valdir Aragão Porto. “O serviço é rápido, nessas propriedades, a média às vezes chega a ser de duas barragens por dia. Em Tobias Barreto já recuperamos oito delas, com previsão de que serão 50 neste município até o final do ano”, disse, assinalando que destas, sete foram no povoado Saquinho e a outra no vizinho povoado Roma.
 
Gildete dos Santos Cruz gerencia a pequena propriedade rural do pai José Antônio. Criam gado, cerca de 15 cabeças destinadas ao corte. É nesta propriedade, do povoado Saquinho, que se situa uma aguada antiga que foi recuperada. Segundo a produtora, a barragem sempre resistiu à época de seca, atendendo não só a propriedade para dar água à criação e necessidades domésticas, mas é compartilhada com a comunidade.
 
“A barragem é boa de água, forneceu água para o povoado e outras localidades que vinham buscar com caminhão pipa. Meu pai até construiu, antes desta reforma, uma lavanderia anexo, para as pessoas do povoado usarem. Muito boa a iniciativa do Governo do Estado, pois agora vai limpar a barragem, voltando a ser o que era antigamente. Não tínhamos condições financeiras de fazer esse serviço, nem a comunidade”, conta Gildete dos Santos.
 
Também do Saquinho, José Nunes de Jesus dos Santos, mais conhecido como Neris, é outro pecuarista de Tobias Barreto que já teve sua barragem recuperada, a qual mata a sede de suas 19 cabeças de gado leiteiro e para subsistência da casa. “Essa barragem já existia quando eu era menino e só tinha sido recuperada com trabalho braçal até hoje. Estou muito satisfeito com esse trabalho do Governo de Sergipe, limpando as nossas barragens, que na seca não podemos ficar sem”, disse Neris.
 
O secretário Municipal de Agricultura em Tobias Barreto, Adinelso Vidal visualiza o resultado futuro na recuperação das barragens que hoje estão sendo feitas. “Com este apoio do Governo do Estado, neste trabalho que a Cohidro vem fazendo no município, eu acho que no próximo ano a gente vai diminuir o problema causado pela falta de água no campo. Se a gente trabalha na prevenção, não vamos acabar com a seca, mas nos preparar para conviver com ela”, explicou, revelando que a Prefeitura, através de sua pasta, está acompanhando os trabalhos, cadastrando os agricultores atendidos e fiscalizando a realização das obras.
 
Prevenção é a palavra chave para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, neste projeto realizado pelas duas secretarias de Estado. “O governo Marcelo Déda, por meio da Seides e Seagri, vem desde o ano passado auxiliando os pequenos produtores rurais e as localidades no campo, com esse trabalho de recuperação dessas antigas barragens, que por até décadas vinham conservando a água das chuvas represadas. Um método antigo, porém não ultrapassado de preservar o rico recurso natural para o uso no momento em que ele mais faz falta, ou seja, quando chega o período de seca”, comentou.
 
Barragens públicas

Serão ao menos quatro grandes barragens públicas recuperadas neste ano, assinala o diretor de Infraestrutura da Cohidro, Paulo Sobral. “Já finalizamos os trabalhos, uma em Aparecida, estamos agora trabalhando em Gararu e ainda faremos a recuperação de outras duas, em Itabi e Glória, com a pretensão de sobrar tempo para também atender outra, além do programado, em Tobias Barreto. Serão R$ 400 mil de orçamento para esta finalidade em 2013”, enfatiza.
 
Em Nossa Senhora de Aparecida a recuperação das grandes barragens já foi concluída, como revela o engenheiro Valdir Aragão. “Já realizamos a recuperação de uma grande barragem que fica na sede do município, com capacidade de armazenamento de 15 mil metros cúbicos. Ela atende aos moradores da cidade e povoados vizinhos para uso residencial e para uso animal, abastecendo até caminhões pipas. Há décadas que não era limpa”, reforça, explicando que nesse trabalho são empenhadas escavadeiras, pá carregadeiras e caminhões, retirando o sedimento que se acumula por anos, no leito desses reservatórios.
 
Atualmente, uma das equipes coordenada pelos engenheiros da Cohidro está em Gararu, no sertão sergipano, como destaca Valdir Aragão. “Estamos trabalhando com a barragem pública em Gararu. Segundo moradores, tem 40 anos que não limpa, muito suja, a lama acumulada chega a 3 metros no seu leito”, completa, explicando que retirando esses sedimentos dos leitos das barragens, a capacidade desses reservatórios aumenta, acumulando mais água para os momentos em que o sertanejo mais precisa, quando a estiagem chega.
 
“As grandes barragens situadas nas regiões mais áridas e até as que estão fora desta zona onde a chuva é pouca, atendem não só as populações que vivem à margem delas. Autonomamente moradores mais distantes vão buscar a água de subsistência em suas carroças e também serve de ponto de abastecimento aos caminhões pipa que levam a água onde ela é mais necessária e faz falta quando as reservas, nas cisternas e tanques das pequenas propriedades rurais, terminam”, conclui o presidente Mardoqueu.

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