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No último sábado, 28, foi a vez de o pessoal que há dez anos organiza o Rock Sertão, em Nossa Senhora da Glória, divulgar o seu trabalho. “Essa parceria com a Secult [Secretaria de Estado da Cultura] e o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas] foi muito importante pois possibilitou que  a gente viesse aqui mostrar um pouco do que estamos produzindo em Glória. Essa interação com o público é muito legal para que as pessoas desmistifiquem a ideia de que no sertão de Sergipe só tem seca e pobreza. Hoje temos, dentre outras coisas, o Rock Sertão que este ano completa 10 anos”, explicou um dos organizadores da festa, Kleberson Silva.

Para comemorar uma década de muito trabalho, foi confeccionado um livro em literatura de cordel que fala da história do festival. Durante a Feira de Sergipe, o livreto foi colocado à disposição dos visitantes do estande que puderam conhecer a história de um dos mais importantes festivais do estado. Kleberson aproveitou a oportunidade para divulgar a 10ª edição do festival, que acontecerá em maio e deverá reunir 14 bandas de Sergipe e outros estados e um público que cresce a cada ano.

“Não sabemos a estimativa de público do festival, porque nosso principal objetivo não é ganhar dinheiro com a realização do evento, nosso objetivo é apenas deixar o Rock Sertão vivo”, destacou o organizador. Trabalho que a equipe que promove o evento tem conseguido realizar com sucesso. “Quando começamos, nossa ideia era apenas promover um espaço para que as nossas bandas pudessem tocar lá no município, mas foi crescendo de tal forma que tem atraído bandas de vários estados”, afirmou. As inscrições para os interessados em tocar no evento foram abertas em meados de dezembro e já conta com mais de 120 bandas inscritas. As inscrições encerram no dia 8 de março. “Os jurados vão ter muito trabalho esse ano”, adianta o organizador.

Além de promover o festival, Kleberson e sua equipe tocam um projeto chamado ‘Sertão na Arte’, que tem por iniciativa promover ações culturais no município de Glória. A ideia surgiu, segundo Kleberson, porque a cidade é carente de espaços culturais. As atividades do projeto, que incluem saraus, exibições de vídeos e oficinas, acontecem na sede do grupo de escoteiros. “Através deste trabalho temos conseguido levar um pouco de arte para as pessoas de Glória e com as oficinas de capacitação temos conseguido qualificar as pessoas da região na área do teatro, música e audiovisual”, afirmou.

Literatura

No último dia da Feira de Sergipe (domingo, 29), foi a vez de os representantes do Fórum Permanente de Literatura, Livro e Leitura de Sergipe ocuparem o espaço do estande da Economia Criativa. A iniciativa atraiu um número significativo de visitantes que puderam conhecer um pouco mais sobre os trabalhos do setor literário do Estado e das ações do Fórum, a exemplo do Encontros de Literatura realizado em dezembro em parceria com a Secult.

“Este espaço é uma vitrine para o Fórum e para os escritores sergipanos”, afirmou uma das representantes da entidade, Adriana Damasceno. No estande, foram expostos livros de diversos autores sergipanos e durante a visita, sergipanos e turistas puderam degustar um licor, trocar ideias e levar para casa algumas ‘gotas de literatura’, um brinde que o Fórum ofereceu a quem passou pelo local, uma forma de aproximar ainda mais o público da literatura.

A sergipana de Estância, Raimunda Jackson, reside no Canadá e todos os anos retorna a Sergipe e não perde a oportunidade de visitar a feira. Este ano, aproveitou para dar uma paradinha no estande da Economia Criativa e não se arrependeu. “Achei essa iniciativa ótima. O espaço ficou muito bonito e atrativo”, destacou. Desta vez, além de levar para casa as tradicionais peças de artesanato e comidas típicas do Estado, ela pôde conhecer um pouco mais da literatura sergipana.

No espaço da Economia Criativa, os visitantes também puderam ter contato com o trabalho de alguns artistas sergipanos e informações turísticas do Estado. Ao passar pelo local, a aposentada Luíza de Souza foi brindada com um CD do instrumentista João Moura. “Nunca tinha ouvido falar deste músico sergipano, mas agora vou poder conhecer um pouco do trabalho dele através deste CD. Foi ótimo ter parado aqui”, declarou.

Economia Criativa

O coordenador do Fórum Permanente de Literatura, Livro e Leitura de Sergipe, Marcílio Medeiros, afirma que a iniciativa de levar o estande da Economia Criativa para Feira de Sergipe foi de fundamental importância para aqueles que estão desenvolvendo um trabalho de fortalecimento da cultura no estado.

“O setor da Economia Criativa vai ter um impulso muito forte com a criação da Secretaria da Economia Criativa pelo Ministério da Cultura, e esse trabalho aqui na feira mostra que a Secult e o Sebrae estão se antecipando a isso e aproveitando o momento para mostrar que estão preocupados com essa questão. Gostei muito da ideia de convidar os agentes culturais do Estado e incluir nessa lista o Fórum. Para nós é muito importante estarmos aqui. Eu acredito muito que as coisas só acontecem se unirmos forças, não podemos esperar, temos que trabalhar juntos”, ressaltou Marcílio.

Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, o trabalho realizado durante a Feira de Sergipe dialoga com as iniciativas da Secult na valorização dos negócios criativos e capacitação dos agentes culturais do estado. ”É uma batalha nossa conseguir trazer os conceitos da Economia Criativa para os fazeres da produção cultural do Estado, que vai desde a comida típica até as nossas atividades de manifestações folclóricas. É um enfoque que nós evidenciamos na Feira de Sergipe e que temos priorizado na nossa relação com o Sebrae”, ressaltou a secretária.

Segundo o superintendente do Sebrae, Lauro Vasconcelos, esse é um segmento que tem crescido em Sergipe e no Brasil e que precisa de maior visibilidade, o que vem sendo possibilitado através da realização da Feira, que está em sua 13º edição. “O empreendedorismo cultural agrega valor a economia de uma cidade, de um estado. Deixa o turismo da região mais interessante, com mais atrativos, pois quem viaja quer conhecer um pouco da cultura local. O Sebrae apoia essa iniciativa empreendedora, pois acredita na cultura como geradora de emprego e renda”, destacou.

Uma iniciativa que foi aplaudida pelos visitantes, a exemplo do casal Fernanda Novaes e Ubiratan Lima, que reside em Fortaleza e estão fazendo uma rápida visita a Aracaju. No sábado, eles visitaram a feira pela primeira vez e se encantam com o artesanato sergipano. ”Eu adorei a feira porque sou apaixonada por artesanato. No Ceará nós também temos muito artesanato e por isso achei que ia encontrar muita coisa parecida, mas me encantei com a criatividade dos artesãos daqui. Achei que não ia ver nada de diferente e me surpreendi com os trabalhos, que são muito diferentes dos que a gente encontra por lá”, afirmou Fernanda.

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