[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Encerrando as comemorações pelo aniversário da cidade, o Projeto ‘Arte em Toda Parte’, desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), proporcionou uma noite de diversidade artística para a comunidade do bairro Santos Dumont, na zona Norte da Cidade. Os shows das bandas Alapada e Reação encerraram a noite de última sexta-feira, dia 30.

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, presente no evento, anunciou para a comunidade local que até dezembro de 2008 todos os meses haverá uma atividade cultural acontecendo nos bairros da cidade. “Meus amigos e companheiros do Santos Dumont, nós estamos comemorando os 152 anos da nossa cidade e estou vindo aqui hoje para que a gente possa ter arte, diversão e cultura de qualidade em cada bairro e, mais do que isso, em cada bairro teremos uma atração local”, destacou o prefeito.

Somente artistas sergipanos participarão do circuito, numa maneira de incentivar os artistas locais. Antes da música, a Cia de Artes Mafuá apresentou a peça teatral ‘Noites Sergipanas’. Também foi exibido o curta-metragem ‘Avenca’ e o longa ‘Narradores de Javé’.

Além disso, o destaque para o grupo de Reggae Reação, formado no bairro e hoje bastante conhecido inclusive fora do Estado. O vocalista do grupo, J Moiziah, falou da emoção de voltar ao seu local de origem. “Foi ótimo retornar. A gente estava com uma expectativa muito grande porque sempre é muito bom tocar em casa, pode ter certeza”, afirmou, elogiando o projeto municipal.

Edvaldo Nogueira ressaltou que essa iniciativa busca criar um movimento para enriquecer cada vez mais a cultura local. “Eu sei que na cidade de Aracaju tem muita gente fazendo cultura. Grupos de todas as áreas artísticas que muitas vezes não têm oportunidade de se apresentar, de mostrar seu talento. Então, como prefeito de Aracaju, quis fazer um projeto para ir a todos os bairros da cidade, levando a nossa cultura”, reafirmou.

Prata da casa

Para Naná, líder da banda Alapada, grupo que já se faz conhecido para todo o país com a trilha de abertura de uma novela de veiculação nacional, essa é uma maneira da cultura ser proliferada e dar valor ao que é feito no Estado.

“Eu quero louvar essa iniciativa, o prefeito Edvaldo Nogueira e a Funcaju estão de parabéns, porque é um belíssimo projeto que está também levando arte e cultura às periferias de Aracaju. As comunidades que não são tão favorecidas economicamente, não têm tanta informação, trazendo estilos que de repente, são considerados alternativos e valorizando a cultura local, que tem que ser valorizada mesmo. A gente tem que fazer um trabalho de incentivo à cena local, independente. Eu acho que acrescenta ao público, à cultura e só tem a dar certo e a crescer cada vez mais”, disse o cantor.

Para Levi, vocal da banda Reação, o projeto promove também a formação de multiplicadores culturais. “Como vem com uma estrutura dando suporte, para que a gente possa ter a cultura todo dia, o projeto forma cidadãos. Há pessoas com a cultura pulsando na veia e elas podem escolher uma coisa com mais conteúdo, ouvir mais conteúdo. Isso oferece às pessoas mais informação para que respeitem aquilo que têm como base, e não coisas banais, aceitas apenas por ter um ritmo. A recíproca cultural é uma coisa também interessante, porque muitos grupos chegam de fora e são recebidos de uma forma que não condiz com a atual forma que um artista local é recebido. O artista precisa de sua arte para viver e a arte, mais do que o artista, precisa dele para viver. As pessoas precisam ter acesso a arte de verdade, espontânea que está brotando em todo lugar e que está se perdendo pela falta de receptividade”, ressaltou o músico.

Para o vocalista J Moiziah, a iniciativa é inovadora e necessária para o surgimento de talentos locais. “Nenhuma cidade começou essa cultura de valorização local, sem dar essa oportunidade e a base para os artistas. Hoje em dia viver da cultura fica muito dependente daquela coisa que já está na mídia, quando tem muita gente que representa o sentimento de uma comunidade, de um coletivo de pessoas e não tem a oportunidade de expressar. E isso na maioria sempre fica nas periferias, ensaiando numa garagem, numa laje e sem muito acesso aos canais de divulgação e de promoção do seu trabalho. Esse projeto é muito interessante, uma coisa que deve estar sempre acontecendo e vai ser muito bom para a cultura e os artistas locais”, completou.

O grupo Reação tem viajado pelo Nordeste, divulgando o seu trabalho e atualmente prepara o lançamento do primeiro CD, que vem sendo lapidado e amadurecido há pelo menos oito anos.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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