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A V Reunião do Fórum de Governadores do Nordeste foi encerrada na tarde desta sexta-feira, 30, em Salvador (BA), obtendo um balanço extremamente positivo dos seus participantes que unificaram discursos em defesa da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Os governadores classificaram o tributo como instrumento fundamental para ampliar a oferta e a qualidade dos serviços de saúde no Brasil e, especialmente, no Nordeste. A reunião também marcou a consolidação de uma nova capacidade de interlocução dos estados nordestinos com o Governo Federal.

Essa foi a tônica em todos os pronunciamentos durante a entrevista coletiva que finalizou a programação do evento. O governador Marcelo Déda fez questão de salientar a opinião nos diversos questionamentos que respondeu, ressaltando a importância da manutenção do tributo na atual conjuntura nacional. "Se há uma região que seria profundamente penalizada com a supressão da CPMF, seria a região Nordeste", afirmou o governador.

Segundo ele, os estados nordestinos obtiveram ganhos significativos a partir dos novos tetos estabelecidos recentemente pelo Ministério da Saúde. "Além desses ganhos estarem ameaçados, a CPMF financia o Bolsa Família, que é um instrumento indispensável para incorporar setores representativos da população do país, e parte dos recursos que custeiam a aposentadoria do trabalhador rural", frisou o governador, ao salientar as perdas substanciais na economia regional que a extinção do imposto poderia proporcionar. "Suprimir a CPMF é penalizar os mais pobres, sobretudo os nordestinos".

Segundo ele, o encontro foi um momento muito importante para que os governadores, demonstrando coragem, afirmassem perante a população brasileira que, nesse momento, a CPMF ainda é indispensável. "Há uma excessiva politização do tema com a transformação das discussões em uma agenda eleitoral. Na verdade, essa é uma discussão que interfere diretamente no interesse nacional", disse.

Falta de alternativas

O governador pontuou que uma das grandes questões é justamente a falta de alternativas de financiamento para substituir o imposto. "No momento, do ponto de vista das políticas públicas, nós não temos nenhum instrumento que garanta o financiamento daquilo que já foi ajustado, contratado e programado com estados e municípios no Brasil", declarou.

Deda também chamou a atenção para as influências das variações da economia de países desenvolvidos como os Estados Unidos, que enfrenta uma crise no setor imobiliário, que pode inclusive trazer conseqüências negativas para a expansão atual da economia brasileira.

"Nós precisamos estar atentos e não podemos nos fragilizar, sobretudo, em relação a um tributo que gera R$ 40 bilhões. Nessa hora, a avaliação deve ser muito responsável. Não podemos reduzir a questão a uma disputa entre situação e oposição, mas discutir sob a lógica do interesse nacional".

Qualidade

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão também pontuou a importância dos governadores do Nordeste estarem unidos em torno de temas comuns que tragam benefícios e conquistas significativas para a população da região.

"É uma oportunidade ímpar para discutir temas regionais e ampliar o potencial de interação entre os estados vizinhos na busca de interesses comuns. O discurso unificado dos governadores, em defesa da CPMF, é uma conquista histórica que certamente produzirá reflexos muitos positivos", avaliou o ministro.

"Os governadores nordestinos, independente dos partidos aos quais pertencem, estão conseguindo colocar no centro da discussão os interesses da região e do país. Essa reunião foi muito positiva, pois mostrou essa coesão da região, fortaleceu o peso político do Nordeste e credenciou esse fórum a continuar tendo uma interlocução qualificada com o Governo Central", concluiu Déda.

Presença

Participaram da entrevista coletiva, além de Marcelo Déda e do ministro José Gomes Temporão, os governadores da Bahia, Jaques Wagner, de Pernambuco, Eduardo Campos, e do Piauí, Wellington Dias. Os governadores Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e Cid Gomes, do Ceará, e os secretários que representaram os estados do Maranhão, Alagoas e Rio Grande do Norte tiveram compromissos em seus estados e retornaram logo após a reunião.

Durante o encontro, os governadores também decidiram que a próxima reunião será reaizada em Sergipe, no mês de fevereiro, com data específica e temas ainda a definir. Integraram a comitiva de Sergipe os secretários José de Oliveira Júnior, da Casa Civil, Eloísa Galdino, de Comunicação Social, e o chefe do Gabinete Militar, tenente-coronel Carlos Augusto Bispo.

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