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Cooperativa garante realização profissional para mulheres da Coroa do Meio

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Há pouco mais de dois anos, a Cooperativa de Produção e Trabalhos de Aracaju (Cooptraju) começou a dar seus primeiros pontos. Reunindo dezenas de mulheres do bairro Coroa do Meio, todas capacitadas em cursos de corte e costura promovidos pela Fundação Municipal do Trabalho (Fundat), a cooperativa representa hoje uma garantia de emprego e renda para essas famílias.

“Eu vim fazer o curso de corte e costura porque já me interessava pela área”, diz a costureira Vânia Barreto Araújo, 47 anos. “Foi a oportunidade que surgiu para eu aprender mais sobre costura. Então fui chamada para fazer parte da cooperativa”. A partir desse curso de corte e costura, que atraiu pelos motivos mais diversos, além de Vânia Araújo muitas outras mulheres do bairro Coroa do Meio ingressaram na empreitada. Além da criação, a Prefeitura de Aracaju mantém a Cooptraju, através da Fundat que disponibiliza a estrutura física da unidade de qualificação profissional, o pagamento das despesas de água e luz, bem como as máquinas de costura sem nenhum ônus para as integrantes.

Para algumas dessas pessoas, essa foi também a oportunidade de, pela primeira vez na vida, exercer uma atividade remunerada. Para outras representava a chance de tornar-se seu próprio patrão, através de um trabalho em cooperação. Mas para todas elas significou, em maior ou menor grau, uma verdadeira transformação de vida, pela inclusão social e conseqüente elevação da auto-estima.

“Houve uma mudança mais pessoal, porque antes eu não exercia nenhuma atividade remunerada e hoje já posso dizer que tenho uma profissão. Aqui eu aprendi muito mais porque antes só tinha noções de costura. Eu já gostava, mas foi aqui que eu aprendi de verdade. Ainda tenho muito a aprender, porque a costura é um campo muito grande, cada dia a gente aprende um pouco. Eu praticamente não sei nada. É com a prática que a gente vai adquirindo conhecimento, gostaria de aprender mais coisas”, relatou Vânia Araújo.

Dos cortes iniciais até hoje, as cooperadas passaram por momentos altos e baixos no que se refere à produtividade e a lucratividade da confecção. Mas em nenhum momento a falta de encomendas alimentou a idéia de desistência para a maioria delas, que continuaram acreditando na força do trabalho em conjunto. E, ao contrário disso, elas só pensam em adquirir aperfeiçoamento na profissão que exercem.

A Prefeitura de Aracaju contribui de forma decisiva para isso, através da oferta de cursos profissionalizantes em parceria com outros órgãos como o Senai, bem como pela oferta de encomendas de uniformes e jalecos para funcionários de outras secretarias municipais. Esse foi o caso recente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para a qual a Cooptraju confeccionou uniformes para os agentes de saúde. Esse tipo de trabalho é sempre bem vindo na cooperativa, além de ser motivo de realização pessoal.

Opção de vida

“Antes eu trabalhava em casa de família. Deixei porque aprendi outra profissão. Foi bem melhor porque aprendi uma coisa nova, que eu gosto. Hoje eu digo que sou uma costureira, não tinha vergonha antes de dizer que era doméstica, mas aprendi uma profissão melhor”, contou feliz Elizabete dos Santos, 36 anos. “Hoje eu mesma faço as camisas do colégio dos meus filhos, que antes eu comprava. Também faço blusas e calcinhas para mim”, completa orgulhosa.

Assim como a ex-doméstica Elizabete dos Santos, a ex-professora do ensino infantil Sônia Maria de Souza também abandonou sua antiga ocupação para se dedicar a atividade da costura. Na época da criação da cooperativa Sônia estava desempregada, mas ela conta que já teve oportunidade de voltar as salas de aula, mas não é isso o que ele quer fazer. “Hoje sou uma costureira, abandonei as salas de aula”, afirma.

“Aqui eu aprendi coisas novas, como lidar com malha, a fazer lingerie. Antes nem sabia o que era uma overloque ou galoneira, porque só conhecia máquinas de costura doméstica. Hoje tenho uma grande vontade de aprender modelagem”, declarou a ex-professora, lembrando a incerteza do começo da cooperativa. “De início achei a idéia maravilhosa, porque era um meio de tirar uma renda extra, mas da fundação até a inauguração houve uma demora. Até por falta de conhecimento do que é uma cooperativa, mas em nenhum momento pensei em desistir, ou que não iria dar certo”.

Ridália Cavalcante Dias, uma das cooperadas mais antigas, trabalhava numa fábrica, com carteira assinada, quando soube que estavam precisando de pessoas para fechar o quadro da cooperativa. Ela gostou tanto da experiência, que saiu do antigo emprego e permanece com o grupo de costureiras até hoje e diz que não quer mais ser empregada de ninguém. “Quero um negócio próprio. Essa é a principal diferença: não ter patrão. A gente sabe que tem as mesmas obrigações de uma fábrica, mas a gente também sabe que somos donas. A gente é quem se cobra, porque é o nosso trabalho que será divulgado e reconhecido”, declara. Para ela, a única coisa que desanima é a falta de trabalho após um período de intensa produção, mas ela não se deixa abater. “As dificuldades existem para a gente enfrentar e vencer”, arremata.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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