Comissão se reúne para tratar de exportação em SE

Elevar a participação de Sergipe nas exportações do Nordeste e do Brasil é um dos principais objetivos da Comissão de Comércio Exterior de Sergipe (CCE-SE), coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec) em parcerias com diversas instituições. As ações são pautadas pela articulação institucional, de forma que se estabeleça um diálogo aberto entre o setor público e a iniciativa privada.
 
Nesta quinta-feira, 25, a Comissão fez a primeira reunião do ano, já definindo um cronograma para os próximos encontros, que serão trimestrais. Uma das principais pautas foi o andamento das atividades do Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), realizado em Sergipe através da uma iniciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Governo de Sergipe, por meio da Sedetec.
 
O Peiex funciona com a ação de técnicos extensionistas, que identificam o estágio tecnológico das empresas; organizam a gestão e os processos produtivos, incentivam a qualidade e a busca contínua de melhorias – incluindo o foco em exportações; ampliam o acesso a produtos e serviços de apoio disponíveis nas instituições de governo e setor privado; e conscientizam os empresários, mostrando que após organizada a fábrica, o caminho sinaliza novos desafios, como pesquisa de mercado, promoção comercial, implantação de sistemas de qualidade, certificação de produtos e o comércio exterior.

Em Sergipe, o Projeto engloba as áreas de Metal-Mecânica; Confecções; Madeiras e Móveis; Petróleo e Gás e Tecnologia da Informação. Foi o que relatou a monitora de extensionismo do Peiex, Maísa Amorim. “Atualmente 140 empresas desses setores estão inscritas no Projeto, das quais 21 estão na fase de implementação de melhorias, recebendo informações sobre as áreas de finanças e custos, produção e capital humano. Outras já estão tendo noções básicas de comércio exterior”, citou.

De acordo com ela, entre os principais problemas enfrentados pelo empresário participante do Peiex estão as finanças, as vendas e o que Maísa chama de layout, ou seja, a organização do espaço da empresa. “Muitas vezes os materiais estão armazenados de forma tumultuada ou inadequada mesmo, o que atrapalha o andamento dos trabalhos”, exemplificou.
 
A monitora informou ainda que o Peiex já identificou algumas empresas em Sergipe com maior potencial de exportação. Elas são das áreas de Petróleo e Gás e de Tecnologia da Informação (TI).

Zona de Processamento de Exportação
 
Quem coordenou o encontro desta quinta-feira foi o técnico do Departamento Técnico da Sedetec, Danilo Munduruca. Ele foi o responsável por fornecer noções aos participantes sobre a Zona de Processamento de Exportação (ZPE-SE), uma área espacialmente delimitada, na qual empresas voltadas às exportações gozam de incentivos tributários e cambiais, além de procedimentos aduaneiros simplificados.

“Entre os objetivos da ZPE estão a redução de desequilíbrios regionais e a promoção da difusão tecnológica e o desenvolvimento econômico e social do país”, apontou Danilo, que mostrou ainda os efeitos causados pela instalação de uma ZPE, a exemplo da atração de investimentos estrangeiros, da geração de empregos, da agregação de valor à produção nacional, da aquisição e desenvolvimento de tecnologias e do aumento da competitividade das exportações brasileiras.

Especificamente para o Nordeste, a instalação de uma ZPE contribui para gerar emprego e renda para a região e aumentar a competitividade, além de, obviamente, reduzir os desequilíbrios regionais”, enfatizou o técnico.

A CCE-SE é coordenada pela Sedetec e abrange seu órgão vinculado, a Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe (Codise), além do Banco do Nordeste do Brasil (BNB); Sebrae Sergipe; Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES); Infraero; Vale; Banco do Brasil; Correios e Receita Federal. A próxima reunião deve acontecer em maio, com pauta a ser definida pelo grupo.