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Por Bruno Antunes, Ascom/SES

Um dia de cada vez. É dessa forma que o vigilante aposentado, Gilvan Rezende Prado, de 58 anos, administra o tempo há oito anos. Morador do bairro São Conrado, ele teve diagnosticado um enfisema pulmonar como resultado do fumo durante 45 anos. Com o rosto enrugado e o perfil enxuto com 39 quilos e roupas folgadas, Gilvan comenta que tem dificuldades para sair de casa, e, na maioria dos dias, até de sua cama. Hoje, Gilvan está entre os 22 mil usuários cadastrados pelo Centro de Assistência à Saúde (Case), da Secretaria de Estado da Saúde, e recebe gratuitamente, em casa, todo medicamento que precisa para se tratar do enfisema. A entrega gratuita de medicamentos de alto custo, além de órteses e próteses para pessoas em tratamento, sem distinção de bairro, situação financeira, profissão, faz parte dos serviços oferecidos pelo Centro.

O aposentado recebe os medicamentos através do serviço de moto-entrega do Case, que leva em casa remédios para cerca de 1500 pessoas. Além disso, Gilvan tem de tomar oxigênio todos os dias. O ex-vigilante que vive há 20 anos com sua companheira Edna dos Santos Silva, de 54 anos, recebe um salário mínimo de sua aposentaria. Ele ressalta que se não fosse o atendimento do Case não teria condições de fazer o tratamento. “É muito importante que entreguem o remédio aqui em minha casa. O médico da família sempre vem aqui e passa as receitas. Eu fumei durante 45 anos e junto com a bebida foi o que me levou a essa situação. Hoje, o remédio não falta mais, e eu ainda acho fôlego par ir à igreja aos domingos”, disse.

Em outro extremo, no conjunto Inácio Barbosa, a aposentada Maria José Batista Santos, 71 anos, é de família de classe média, vive com o marido também aposentado. Maria é hipertensa e tem colesterol alto, além de osteoporose. Através do Case, ela recebe regularmente dois tipos de medicamentos há cerca de dois anos. “Há um ano que estou recebendo regularmente sem espaços, pois antes, às vezes faltava algum medicamento. Esse serviço de motoboy facilita muito para mim. É nota mil. De tanto utilizar o CASE, hoje tenho amigas lá e não sei o que eu faria, pois mesmo com condições, a medicação que eu tomo é muito cara”, afirmou.

Investimento e abastecimento completo

O Case oferece também os serviços de órteses e próteses (cadeiras de rodas, andadores, muletas, coletes, próteses mamárias), moto-entrega, e perícia do Passe Livre. Numa iniciativa do Governo do Estado, em 2011, a SES investiu no Centro R$ 35 milhões na compra de medicamentos, além de R$ 1 milhão para órteses, próteses e cadeira. Desse montante, o Governo Federal enviou R$ 8 milhões. A maior parte saiu dos recursos estaduais. Um grande aumento se comparado aos R$ 16 milhões de 2010. 

Para o secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos, os investimentos no Case demonstram o compromisso do governo Marcelo Déda com a saúde da população.
“No ano de 2010, houve uma despesa de R$ 16 milhões na aquisição de medicamento de alto custo. No ano de 2011, esse valor aumentou para R$ 35 milhões, e isso num ano de contingenciamento do orçamento. A gente tem a inclusão em média de 700 pessoas e um valor de consumo médio por paciente que ultrapassa R$ 1500 por mês. Quantas pessoas será que dispõe desse valor do seu orçamento para comprar medicamento? O que seria dessas pessoas se não fosse o Case? Então, nós temos que valorizar muito esse tipo de trabalho, e não somente no gasto feito, mas na maneira como é realizado o atendimento, de maneira integral e por profissionais capacitados”, declarou.

De acordo com a diretora do Centro, Ortência Cavalcante, no ano passado houve uma considerável melhora no abastecimento do Centro. “Hoje não temos nenhum item em falta no estoque”, explicou, acrescentando que “Esclerose múltipla é uma das doenças que temos tido uma demanda muito grande, assim como o Mal de Alzheimer, mas também distribuímos medicamentos para doenças como esquizofrenia, transplantados de fígado e rim, além de outras doenças, totalizando mais de 160 itens distribuídos”, destacou.

Além dos pacientes, o Case atende a 10 municípios do interior do Estado. A meta é expandir esse número para mais 10 municípios ainda em 2012. “Temos tido um avanço muito grande, hoje está tudo organizado. Nossa equipe é pequena e todos os dias temos pacientes aqui renovando o cadastro e novos pacientes também”, explicou.

Atenção ao usuário

Um setor importante dentro do Case é o de acolhimento aos pacientes. O local conta com quatro profissionais, sendo três assistentes sociais e um enfermeiro para fazer a triagem dos usuários que devem passar pela perícia médica. A assistente social Ana Cristina informa que os critérios para avaliação dos pacientes têm por base uma portaria do Ministério da Saúde.

“A gente avalia se está tudo dentro dessa exigência, inclusive para a fiscalização da receita médica. Mas cada caso é um caso. Por isso,  observamos até que ponto aquela necessidade é uma urgência, porém também temos que ter a sensibilidade para realizar a dispensa ou a liberação”, ponderou.

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