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Nesta sexta-feira, 4, será lançada a campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa. Organizada pelo Departamento de Estado de Desenvolvimento Agropecuário (Deagro), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural e Agrário, a campanha quer superar as metas atingidas no ano passado, quando 94% do rebanho sergipano foi vacinado, e chegar a 100% dos animais vacinados. O lançamento será realizado na Fazenda Santa Cruz, em Laranjeiras, às 7h da manhã.

Os pecuaristas sergipanos têm até o dia 31 de maio para proteger o rebanho contra a doença. Segundo a diretora de Defesa Agropecuária do Deagro, Salete Dezen, o prazo não será prorrogado. O Ministério Público vai agir em parceria com o Departamento para garantir a que os criadores não deixem de proteger o seu plantel. "Quem não vacinar receberá uma intimação do MP e a questão poderá virar um problema de justiça", revela Salete.

Ela informa que a vacinação obedece a um calendário elaborado para todo o país pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em Sergipe, a campanha é realizada todos os anos nos meses de maio e novembro. O êxito da vacinação desse ano será fundamental para que Sergipe e os estados que compõem o Circuito Pecuário Leste recuperem o status de livre da doença com vacinação junto a Organização Internacional de Epizootias (OIE).

Dentro do Brasil, Sergipe mantém o status de zona livre. "Mas para as organizações internacionais perdemos essa condição devido ao foco da doença que atingiu o Mato Grosso do Sul e o Paraná no final de 2005", explica Salete. Ela esclarece que a obtenção do status é fundamental para garantir a exportação de carne e outros produtos para fora do país. "A obtenção do status depende de uma boa campanha de vacinação e do cumprimento de todas as metas estipuladas por essa organização em relação às fronteiras e outras normas", alerta.

O Circuito Leste é formado por oito estados além de Sergipe: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Atualmente no Brasil apenas os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Acre que tem o status de zona livre para a OIE.

Desempenho

Segundo a gerente de Defesa Animal do Deagro, Gabriela Silveira, a campanha contra a febre aftosa vem ganhando força todos os anos. "Uma parcela pequena dos criadores, cerca de 5%, ainda são resistentes a vacinar e declarar essa vacinação. São muitas vezes pequenos produtores que não vacinam ou que vacinam e não declaram", observa Gabriela.

Para proteger o rebanho, o produtor precisa comprar uma dose da vacina para cada animal. A dose custa em média R$ 1,30 e pode ser adquirida em lojas de produtos agropecuários. Depois da aplicação, o pecuarista deve declarar a vacinação em algum dos escritórios do Deagro.

Alerta

Apesar de não ser uma doença fatal para os animais do rebanho, a aftosa causa grandes prejuízos econômicos para os criadores. "Ela provoca uma baixa na reprodução e os animais perdem peso. A doença traz um prejuízo ainda maior para o país porque nenhum local que tenha erradicado a doença adquire produtos de países que possuem aftosa. Todas as importações são cortadas", revela Gabriela.

No caso de ocorrência de um foco da doença, todos os animais suscetíveis são sacrificados num raio de três quilômetros. Sergipe já mantém o status de zona livre, sem nenhuma ocorrência da doença, há 11 anos. A cooperação dos criadores é fundamental para que o Brasil cumpra a meta, estipulada pelo Governo Federal, de erradicar a doença no Brasil até 2009.

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