[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Nascido na cidade de Porto da Folha, Antônio Carlos du Aracaju é o artista sergipano que abriu com chave de ouro a última noite do Forró Caju 2007 no palco principal da festa, o Luiz Gonzaga. Em sua data, São Pedro não deu trégua e a chuva está caindo do céu. Ainda sim, o público é grande na despedida maior evento junino do país.

Considerado um dos maiores forrozeiros de Sergipe, Antônio Carlos tem 30 anos de carreira e é conhecido no cenário musical por sua vasta produção, em que se destacam as músicas que preservam as raízes do sertão e as tradições sergipanas. O artista, que é também estudante do curso de Jornalismo, está vivendo na maior correria por conta da agenda cheia de shows para a época dos festejos juninos, mas diz que participar da última noite do Forró Caju tem um gostinho especial.

“Eu me sinto muito honrado por ter meu nome sempre lembrado para participar dessa festa tão grandiosa. É sempre gratificante poder levar a tradição e as raízes da música da minha terra para o enorme público do Forró Caju, e hoje está sendo especial fazer parte do fechamento desse ciclo. É esse tipo de coisa que me motiva e me faz feliz”, afirma.

Forró Caju 2007

O show de hoje teve um repertório repleto do bom e velho forró tradicional, com canções de artistas como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Elba Ramalho, além das composições do cantor. A mistura do forró com ritmos como côco, xote e xaxado, sempre acompanhados pela sanfona marcaram a apresentação desse grande representante sertanejo.

A praça de eventos Hilton Lopes se transformou num belo arraial com diversas pessoas dançando embaixo de sombrinhas e guarda-chuvas durante as mais de duas horas de show da banda que tem oito componetes.
A despedida de Antônio Carlos du Aracaju foi ao som da bela composição do saudoso Luiz Gonzaga, “Noites brasileiras”, que com seus versos simples falam de todo o sentimento do nordestino durante a época em que se festejas os santos Antônio, João e Pedro. “Ai, que saudades que eu sinto / Das noites de São João / Das noites tão brasileiras nas fogueiras / Sob o luar do sertão / Meninos brincando de roda / Velhos soltando balão / Moços em volta á fogueira / Brincando com o coração / Eita, São João dos meus sonhos / Eita, saudoso sertão”.

Tradição sob a luz dos holofotes

Após o período junino, o cantor descansa um pouco e logo coloca em prática o projeto ´Festa de Rua´, que consiste na gravação de um CD que irá reunir toda a musicalidade que existe no interior de Sergipe. Com esse trabalho, ele espera colocar essa tradição cultural que está meio esquecida sob a luz dos holofotes. O CD terá 16 faixas, com músicas como ‘Morena faceira’, ‘Sêo moço’, ‘Eu sou do sertão’, ‘Tudo acaba na cruz’ e ‘Ô de casa’.

“Meu trabalho, não só na época dos festejos juninos, mas durante todo ano é de luta pela cultura tradicional, que não pode morrer jamais. É de extrema importância manter essa cultura viva para que as futuras gerações possam ter contato com todas essas coisas maravilhosas produzidas por nosso povo. Não podemos deixar a cultura tradicional morrer, precisamos mantê-la viva. É importante fazer a releitura dessas músicas antigas e populares. Músicas que minha mãe cantava e que estão esquecidas, agora vão se tornar conhecidas das pessoas mais jovens. Espero que tudo dê muito certo. Trazer tudo isso à tona é gratificante pra mim”, finaliza emocionado o forrozeiro[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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