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Os profissionais que atuam no Pronto-Socorro Adulto do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) participaram nesta sexta-feira, 29, de mais uma oficina para implantação do ‘Acolhimento com classificação de risco’, novo modelo de assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que prioriza o atendimento aos pacientes de acordo com a gravidade de cada caso. O encontro foi realizado durante toda a manhã no auditório do HUSE, localizado no primeiro piso do Bloco Administrativo.

A oficina faz parte do cronograma de eventos previstos para um momento importante do hospital: a transferência temporária, já a partir do próximo mês, dos serviços de urgência e emergência para o prédio onde vai funcionar no futuro o hospital infantil, cuja obra está em fase de ajustes finais. O atendimento no novo prédio já deverá adotar os critérios do novo modelo assistencial.

As capacitações e oficinas envolvendo o tema do acolhimento com classificação do risco vêm sendo realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) desde o final do ano passado, mas esta foi a primeira vez que elas envolveram, num mesmo encontro, todos os integrantes do corpo profissional do PS do hospital que, além de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, inclui equipe administrativa, maqueiros e seguranças, entre outros.

Experiência

De acordo com a secretária adjunta da Saúde, Mônica Sampaio, a implantação do acolhimento de risco já vem proporcionando uma verdadeira revolução no sistema de saúde do Estado. Ela explica que a nova tecnologia, embora não tenha sido ainda implantada de forma efetiva na ambiência e no aspecto físico do hospital, há meses vem sendo desenvolvida pelos profissionais do HUSE com resultados significativos.

"A experiência deste novo modelo nos ajudou de forma decisiva a acabar com os leitos extras que se enfileiravam pelos corredores do HUSE, na medida em que um dos resultados esperados com a classificação do risco é a diminuição do tempo de permanência do usuário no hospital", explica Mônica Sampaio.

Transferência

A expectativa da SES e da direção do HUSE é que a partir do próximo dia 17 de março os serviços de urgência e emergência sejam transferidos para o prédio da futura unidade pediátrica do HUSE. Nesta transferência, os profissionais e toda população usuária do SUS no Estado passarão a contar com um ambiente físico já devidamente estratificado e melhor organizado para acolher os casos de urgência e emergência.

"Um dos aspectos importantes neste processo está na organização do fluxo hospitalar que o novo modelo proporciona, permitindo a agilidade do socorro a pacientes graves e reduzindo os riscos de morte", explica Lycia Diniz, diretora-técnica do HUSE. "Além disso, há também a diminuição do tempo de permanência do usuário na unidade, que é fruto do próprio processo de organização do trabalho", esclarece ainda a médica.

Segundo Lycia Diniz, a diminuição do tempo de permanência do usuário no hospital reflete a qualificação do serviço, que impossibilita longas e desnecessárias permanências de pacientes nas alas de internamento da unidade, eliminando a sobrecarga no HUSE e proporcionando a racionalização de recursos. Isto porque as despesas relativas ao tempo de permanência no hospital passam a ser economizadas.

Funcionamento

A de classificação do risco é uma forma eficiente e humanizada de assistência à saúde da população que estabelece a prioridade do atendimento de acordo com a gravidade de cada caso. O método prevê que o acolhimento seja realizado por um profissional de enfermagem treinado, com protocolos estabelecidos, que classifica o risco dos pacientes. "Enquanto classifica o risco, o enfermeiro pode avaliar alguns sinais vitais do paciente como pressão anterial, pulso e dosagem do açúcar no sangue, por exemplo, estabelecendo a real gravidade de cada um", informa Lycia Diniz.

A Classificação de Risco é estabelecida em quatro níveis: o Vermelho, que é considerado como alto risco de gravidade, com perigo iminente de morte, e que, por isso mesmo, exige das equipes o atendimento imediato ao paciente; o Amarelo, classificado como risco alto, porém sem iminência de morte, que também prevê assistência imediata; o Verde, este avaliado como risco moderado com média de até 30 minutos para o atendimento; e o por fim o Azul, que por identificar o caso como sendo de baixo risco, realiza o atendimento pela ordem de chegada.

Para a auxiliar de enfermagem Rose Mattos, que trabalha no HUSE há 21 anos, a adoção da classificação de risco melhorou as condições de trabalho dos profissionais que atuam no Pronto-Socorro do HUSE. A definição de competências dentro do ambiente de trabalho é apontada por ela como um dos aspectos principais para organização do serviço.

"Antes não existia este critério e o atendimento ao paciente era realizado pela ordem de chegada, o que às vezes gerava tumultos. A introdução deste novo modelo facilitou o nosso trabalho, já que agora nós podemos adiantar aquelas demandas que fogem às nossas competências, agilizando assim o atendimento mais grave", comenta Rose Mattos.

Referência

O Acolhimento com a Classificação de Risco é um método idealizado no Canadá, no final da década de 90, por profissionais que atuam na área de emergência, para tornar os atendimentos dinâmicos e humanizados. No Brasil, o Ministério da Saúde (HumanizaSUS) define esta metodologia como uma excelente forma de melhorar o atendimento dos serviços de urgência e emergência. A técnica vem sendo utilizada com grande sucesso por vários hospitais e pronto-socorros brasileiros públicos e privados.

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